Dados do Censo 2022 do IBGE divulgados no último dia 23 traçam um panorama da educação de PCDs no país Educação, Analfabetismo, Censo 2022, Ensino, IBGE, PCD (Pessoas com deficiência) CNN Brasil
De acordo com dados preliminares do último Censo Demográfico (2022) realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de analfabetismo de pessoas com deficiência no Brasil, com 15 anos ou mais, chegava a 21,3% em 2022. O índice é quatro vezes maior do que o observado entre a população na mesma faixa etária sem deficiência (5,2%).
Ainda segundo o levantamento, cujos resultados foram divulgados no último dia 23, 2,9 milhões de um total de 13,6 milhões de pessoas com deficiência no país, com 15 anos ou mais, não sabiam ler nem escrever em 2022.
Escolarização e frequência escolar
Em 2022, cerca de 1,6 milhão de pessoas de 6 anos ou mais de idade com deficiência frequentavam a escola nos mais diversos níveis de ensino. As taxas de escolarização (proporção de estudantes em determinada faixa etária) entre as crianças de 6 a 14 anos eram de 98,4% entre pessoas sem deficiência e de 92,6% entre aquelas com deficiência.
A partir dos 15 anos, porém, o estudo observou queda na frequência escolar entre PCDs. Na faixa de 15 a 17 anos, 85,5% das pessoas sem deficiência estavam na escola, frente a 79,4% das com deficiência.
Em 2022, apenas 7,4% das pessoas com deficiência acima dos 25 anos haviam concluído o ensino superior; 17,8%, o ensino médio; e 11,8% o ensino fundamental. Os percentuais para pessoas sem deficiência são superiores em todos os níveis: ensino superior completo (19,5%), médio completo (33,9%) e fundamental completo (14,3%).
Recortes de gênero e regionais
Entre as pessoas sem deficiência, 56,4% das mulheres e 50,1% dos homens concluíram a educação básica. Já entre as pessoas com deficiência, 26,2% das mulheres alcançaram esse nível, contra 23,7% dos homens.
O Censo 2022 revelou ainda que quase metade (48%) das pessoas com deficiência e analfabetas residia no Nordeste, enquanto 27,7% viviam no Sudeste. Piauí (38,8%), Alagoas (36,8) e Paraíba (34,6%) apresentam os índices mais elevados de analfabetismo entre pessoas com deficiência, enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (11,6%), Distrito Federal (11,8%) e Rio de Janeiro (12,1%).
Censo 2022 PCD
O Censo 2022 – Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) – Resultados Preliminares da Amostra divulgou que o Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência em 2022. O número corresponde a 7,3% das 198,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade na população. Os resultados completos podem ser acessados no portal do IBGE.
Brasil: 63% da população preta e parda entre 15 e 64 anos é analfabeta
