Pelo menos uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas, segundo Ministério da Saúde administrado por combatentes houthis
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ataque israelense destrói e desativa completamente aeroporto no Iêmen no site CNN Brasil. Internacional, Aeroporto, Ataque Israel, Houthi, Iêmen, Míssil CNN Brasil
Israel atingiu vários locais de Sanaa, capital do Iêmen, nesta terça-feira (6), incluindo o aeroporto principal, que, segundo o Exército israelense, foi “totalmente” desativado.
“Há pouco tempo, caças das Forças de Defesa de Israel (FDI) atingiram e destruíram a infraestrutura terrorista houthi no principal aeroporto de Sanaa, desativando completamente o local”, afirmou o Exército israelense em um comunicado, acrescentando que várias grandes usinas de energia da capital também foram atingidas.
As Forças de Defesa disseram que caças “desmantelaram” o aeroporto em 15 minutos e atingiram uma fábrica de concreto.
Pelo menos uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas no ataque, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelos houthis.
O Exército israelense emitiu anteriormente um alerta de evacuação para o aeroporto, marcando a primeira vez que as Forças de Defesa emitiram tal notificação no Iêmen, a mais de 1.600 quilômetros de Israel.
O líder dos rebeldes, Mohammed al-Bukhaiti, prometeu retaliação contra os israelenses, dizendo à TV Al Arabiya: “Enfrentaremos escalada com escalada, e ainda há múltiplos alvos dentro da entidade sionista, alvos sensíveis, que custarão grandes perdas.”
Ataque houthi em Israel
Os ataques de terça-feira (6) marcam uma escalada significativa entre os Houthis, apoiados pelo Irã, e os militares israelenses, que se intensificou rapidamente nos últimos dias.
No domingo (4), um míssil balístico dos Houthis penetrou as defesas aéreas israelenses e atingiu uma área próxima ao Aeroporto Internacional Ben Gurion, depois de várias tentativas de interceptação fracassadas, informaram as FDI.
O ataque parece ser a primeira vez que o aeroporto internacional israelense é alvo bem-sucedido do grupo.
Os Houthis assumiram a responsabilidade pelo ataque, afirmando que foi uma resposta à ofensiva israelense em Gaza, e alertou que “imporia um bloqueio aéreo abrangente” a Israel, “atingindo repetidamente aeroportos”, especialmente o Ben Gurion.
O grupo também apelou às companhias aéreas internacionais para que se planejem adequadamente e cancelem todos os voos programados para aeroportos israelenses.
O último ataque de Israel contra o aeroporto internacional de Sanaa aconteceu em dezembro, matando pelo menos três pessoas e ferindo outras 30, de acordo com a rede de televisão al-Masirah.
Resposta do primeiro-ministro Israelense
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliação contra a investida.
“Agimos antes, agiremos no futuro também. Não posso detalhar tudo isso. Os EUA, em coordenação conosco, também estão operando contra eles. Não é uma coisa única, mas haverá ataques”, disse ele em um vídeo publicado nas redes sociais no domingo (4).
Em uma publicação posterior, ele também prometeu uma resposta ao Irã: “Israel responderá ao ataque houthi contra nosso principal aeroporto E, no momento e local que escolhermos, aos seus chefes terroristas iranianos.”
President Trump is absolutely right!
Attacks by the Houthis emanate from Iran. Israel will respond to the Houthi attack against our main airport AND, at a time and place of our choosing, to their Iranian terror masters. pic.twitter.com/eO4hyUzNsI
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) May 4, 2025
Essa retaliação começou na segunda-feira (5), quando as forças israelenses realizaram uma série de ataques contra o porto de Hodeidah – o segundo maior do Iêmen – e uma fábrica de cimento próxima, matando pelo menos uma pessoa e ferindo outras 35, segundo o Ministério da Saúde.
As FDI disseram que 20 de seus caças participaram dessa missão – os primeiros ataques israelenses no Iêmen em meses – atingindo dezenas de alvos houthis em Hodeidah e áreas vizinhas.
O canal de TV Al-Masirah, administrado pelos Houthis, afirmou que o porto de Hodeidah foi atingido pelo menos seis vezes e confirmou o ataque à fábrica de cimento próxima.
As FDI alegaram que o porto marítimo de Hodeidah “é usado para a transferência de armas iranianas, equipamentos para fins militares e outras necessidades relacionadas ao terrorismo”.
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