Clube enfrenta o Manchester United na final da Liga Europa e revive clima da despedida de Burkinshaw em 1984
Este conteúdo foi originalmente publicado em Europa League: técnico do Tottenham chega em final em possível despedida no site CNN Brasil. Futebol Internacional, CNN Esportes, Europa League, Futebol internacional, tottenham CNN Brasil
Quarenta e um anos depois de sua última conquista europeia, o Tottenham Hotspur volta a uma final continental com ecos do passado.
A equipe londrina enfrenta o Manchester United nesta quarta-feira (15), em Bilbao, pela decisão da Europa League, em meio a especulações sobre a possível saída do técnico Ange Postecoglou — em um enredo que lembra a despedida do lendário Keith Burkinshaw, após a conquista da Copa da UEFA em 1984.
Burkinshaw, considerado um dos maiores treinadores da história do clube, deixou o comando logo após levantar o troféu europeu. Sua saída, marcada por divergências com a diretoria, ficou eternizada pela frase: “Ali costumava haver um clube de futebol”.
Agora, em sua pior temporada na era Premier League, com 21 derrotas, o Tottenham chega à final da Liga Europa na 17ª colocação e tenta evitar mais uma frustração. Apesar de já ter garantido a permanência na elite, o ambiente sugere que o duelo contra o United pode marcar o fim do ciclo de Postecoglou.
Opinião de ídolo
Para o ex-jogador e ídolo Micky Hazard, integrante da equipe campeã em 1984, trocar de técnico agora seria um erro. “Se o Ange ganhar a Liga Europa, ele merece continuar. Ganhar um título é a coisa mais incrível no futebol. Quem vence merece uma nova chance”, disse Hazard, em entrevista à Reuters, como embaixador da Freebets.com.
Hazard também reforçou a importância de abandonar o ciclo de decisões imediatistas. “Olhe para a história. Alex Ferguson levou cinco anos para ganhar um título com o Manchester United e depois venceu tudo. Sucesso não acontece da noite para o dia. Quando Keith saiu, foi uma grande perda para o clube.”
Mesmo com desfalques importantes por lesão, Hazard afirmou que não há espaço para desculpas. “Em 1984, estávamos sem Hoddle, Ardiles, Perryman, Clemence e Crooks — e mesmo assim vencemos. Finais exigem coragem. Ninguém vai te dar esse título, você precisa conquistá-lo.”
Em jogo está mais do que um troféu: está a chance de quebrar um jejum de 17 anos sem títulos e talvez, manter viva a visão de longo prazo no comando técnico do Tottenham.
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