O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu nesta terça-feira (10/6) a exibição de vídeos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o interrogatório. Mais cedo, o réu requereu autorização para transmitir vídeos com a utilização de telão e outros recursos audiovisuais. Bolsonaro será o próximo a ser interrogado no tribunal.
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Moraes argumentou que o interrogatório não é “o momento adequado para apresentação de provas novas, ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes”. O ministro disse que o réu e sua defesa podem utilizar, apontar e fazer referência a qualquer prova presente nos autos.
Portanto, segundo Moraes, se a defesa quiser, poderá juntar os citados vídeos aos autos, para que as partes se manifestem e que, “eventualmente, possam ter sua autenticidade comprovada”.
O ministro Alexandre de Moraes iniciou os interrogatórios dos 8 réus da ação penal sobre a tentativa de golpe em 2022 na segunda-feira (9/6) e continua nesta terça. Estão sendo ouvidos os réus do denominado núcleo crucial pelo procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O STF reforçou o esquema de segurança para os interrogatórios. As revistas foram intensificadas, foram colocados mais scanners de raio-X para acessar ao auditório, cães fizeram varreduras e o número de seguranças também foi aumentado.
