Ministro do STF, Gilmar Mendes assina o prefácio e um dos capítulos de “Brasília: A Arte da Democracia”; obra propõe uma leitura inédita da capital do país Política, politica CNN Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse, nesta segunda-feira (16), que Brasília não deve ser compreendida apenas como cenário de decisões político-administrativas, mas sim como “organismo vivo e pulsante dotado de alma e personalidade próprias”.
O magistrado participou da construção do livro “Brasília: A Arte da Democracia”. Gilmar assina o prefácio e um dos capítulos do livro, que propõe uma leitura artística, simbólica e política da capital do Brasil.
“O livro, além de ser uma homenagem a Brasília, a seus personagens ilustres e sobretudo à promessa de dias melhores representada por sua construção, resgata a memória nacional no que ela possui de mais original e pioneira permitindo que a recente evolução política nacional seja apreciada”, destacou o ministro.
O livro em homenagem aos 65 anos da capital federal foi lançado primeiro em Brasília e, nesta segunda-feira (16), foi apresentado no Rio de Janeiro.
Durante evento de lançamento no Centro Cultural FGV, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, o crítico de arte e organizador da obra, Paulo Herkenhoff, disse que é preciso pensar Brasília como símbolo político e estético.
“Eu digo que Brasília tem uma curta, mas densa história da arte”. E completou: “uma cidade que já nasceu fadada a ser patrimônio da humanidade. Darcy Ribeiro disse que daqui a mil anos, o Brasil pode ser lembrado pela arquitetura de Brasília”.
A obra é uma parceria da Fundação Getúlio Vargas Arte (FGV Arte) e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
Além de homenagear personalidades marcantes como Juscelino Kubitscheck, Oscar Niemeyer, Athos Bulcão, Darcy Ribeiro e Zanine Caldas, a publicação destaca momentos fundamentais da democracia brasileira, como o texto de Clarice Lispector sobre a capital, o emocionante discurso de Ailton Krenak na Assembleia Constituinte de 1988 – reproduzido integralmente no livro – e as obras de Rosângela Rennó, que denunciam as fraturas do processo democrático.