À CNN, vice-ministro das Relações Exteriores mostrou preocupação sobre possível apoio dos americanos a Israel Internacional, Estados Unidos, Irã, Israel, Oriente Médio CNN Brasil
Se os Estados Unidos decidirem se juntar a Israel no ataque ao Irã, o governo de Teerã “não teria escolha” a não ser retaliar, disse o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Majid Takht Ravanchi, à CNN.
“Se os americanos decidirem se envolver militarmente, não temos escolha a não ser retaliar onde quer que encontremos os alvos necessários para agir”, alertou Ravanchi em entrevista a Christiane Amanpour, da CNN.
“Isso é claro e simples. Porque estamos agindo em legítima defesa”, adicionou.
Ravanchi também pontuou que a liderança de seu país agora duvida “da sinceridade dos americanos”, dado o momento do primeiro ataque israelense.
“Dois dias antes do início da próxima rodada [de negociações sobre o programa nuclear], a agressão ocorreu. Portanto, isso é uma traição à diplomacia. Isso é uma traição à nossa confiança nos americanos”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores.
“Nós que deveríamos criticar a forma como fomos tratados pelos americanos, e não o contrário”, concluiu.
Nenhuma iniciativa de Teerã
Ainda de acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores, o Irã não entrou em contato com os EUA ou Israel para tentar retomar as negociações nucleares desde o início do conflito no Oriente Médio.
“Não estamos entrando em contato com ninguém. Estamos nos defendendo. Embora sempre tenhamos promovido a diplomacia… não podemos negociar sob ameaças”, ressaltou.
“Não podemos negociar enquanto nosso povo está sob bombardeio diário. Portanto, não estamos implorando por nada, estamos apenas nos defendendo”, advertiu.
Ele também argumentou que o ataque mobilizou os iranianos em torno de seu governo.
“Agora há uma coesão muito forte dentro da sociedade iraniana para resistir à agressão, para resistir à interferência estrangeira em nossos assuntos internos”, disse Ravanchi.
Autoridades israelenses têm pedido os civis iranianos a se rebelarem contra o atual governo, argumentando que agora é a hora de uma mudança de regime, com os líderes em Teerã “enfraquecidos” pelo conflito.