Presidente dos EUA alegou que ataques americanos a instalações nucleares iranianas causaram eliminação total Internacional, Conflito Oriente Médio, Donald Trump, Estados Unidos, Holanda, Irã, Israel, OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira (25) a alegação de que ataques americanos a instalações nucleares iranianas causaram “eliminação total”, embora tenha reconhecido que a inteligência era “inconclusiva” e preliminar.
Um relatório confidencial inicial, revelado em uma entrevista exclusiva da CNN, concluiu que o ataque atrasou o programa nuclear de Teerã em somente alguns meses.
Trump está atualmente na Holanda para uma cúpula da Otan, onde deve conceder uma entrevista coletiva em algumas horas.
Teerã, por sua vez, ameaça se retirar de um importante tratado de não proliferação nuclear após Israel e os EUA terem atacado suas instalações nucleares.
Veja os últimos desenvolvimentos do conflito:
- “Eliminação total”: Donald Trump insistiu que os ataques que ordenou contra instalações nucleares iranianas causaram “eliminação total”, após um relatório confidencial inicial constatar que a investida somente atrasou o programa nuclear de Teerã em alguns meses.
Atacando a mídia, incluindo a CNN, que noticiou as descobertas, ele argumentou que os ataques atrasaram as ambições nucleares do Irã em décadas. Ainda assim, Trump reconheceu que as informações eram “inconclusivas” e preliminares.
- Comparações com Hiroshima: De forma controversa, Trump comparou os ataques ao Irã no fim de semana com o uso de bombas nucleares pelos EUA no Japão, afirmando que ambos foram usados para encerrar guerras com sucesso.
“Não quero usar o exemplo de Hiroshima. Não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa que encerrou aquela guerra”
, falou o presidente americano a repórteres na cúpula da Otan. Os comentários foram feitos enquanto Trump se esforçava para enfatizar a importância das investidas, que, segundo ele, atrasaram o programa nuclear iraniano em décadas. - Acordo de Gaza: O presidente americano também afirmou acreditar que os ataques dos EUA ao Irã podem ajudar a levar a um avanço na guerra de Israel contra o Hamas em Gaza. “Acredito que um grande progresso está sendo feito em Gaza. Devido ao ataque que fizemos, acho que teremos notícias muito boas”, afirmou ele na cúpula desta quarta-feira (25).
“Acho que ajudou um pouco, demonstrou muito poder.” Mais de 55 mil pessoas foram mortas em Gaza desde 7 de outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde Palestino, das quais mais de 17 mil são crianças.
- Tratado nuclear em risco: O Irã poderia reconsiderar a adesão a um tratado histórico que visa impedir a disseminação de armas nucleares após os ataques dos EUA e de Israel às suas instalações nucleares, segundo o ministro das Relações Exteriores do país.
O Irã é membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), um acordo criado para monitorar e impedir a disseminação global de armas nucleares, bem como promover o uso pacífico da tecnologia nuclear. Os signatários do tratado que não possuam armas nucleares estão proibidos de buscá-las.
- Banco Central do Irã: O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, assinou uma ordem que designa o Banco Central do Irã e outras entidades como organizações terroristas. A ordem “visa atingir o cerne do sistema de financiamento do terrorismo do regime iraniano, que opera, financia e arma o terrorismo em todo o Oriente Médio por meio da Força Quds e da Guarda Revolucionária Islâmica”, afirmou o Ministério da Defesa.
