Ministro da Fazenda afirma que taxa Selic elevada é herança da gestão de Roberto Campos Neto e pede tempo para nova diretoria do Banco Central Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, CNN Brasil Money, Fernando Haddad, Mercado Financeiro CNN Brasil
Fernando Haddad, em entrevista à Record News, expressou preocupação com a taxa Selic atual, considerando-a muito acima da inflação projetada.
No entanto, o ministro da Fazenda defendeu o atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado por Lula.
Segundo Haddad, a alta dos juros foi “contratada” na gestão anterior de Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro. O ministro argumentou: “Não dá pra dar cavalo de pau em política monetária, senão vai perder credibilidade, tem que ter muita cautela”.
Haddad prosseguiu na defesa de Galípolo, lembrando que ele está no início do mandato e ainda carrega a memória da gestão anterior. “É preciso dar um pouco de tempo ao tempo”, afirmou o ministro.
Defesa do decreto do IOF
O ministro também defendeu o aumento do IOF, afirmando que várias instituições financeiras começaram a “driblar” o imposto e o governo “fechou a porta”. Haddad insistiu que não está aumentando a carga tributária.
Sobre os gastos do governo, Haddad disse que o debate está “congelado” até o país encontrar o caminho da sustentabilidade.
Intervenção do Banco Central no câmbio
O Banco Central anunciou uma intervenção dupla no câmbio, com um leilão de venda de US$ 1 bilhão no mercado à vista e uma oferta de 20 mil contratos de swap cambial reverso.
Essa ação visa prevenir um estresse no cupom cambial, em meio a um fluxo pontual de saída de estrangeiros, comum em final de semestre.
A atuação do BC é uma tentativa de evitar desfuncionalidades por conta dessa saída sazonal de capital estrangeiro, em um período de ajuste de carteiras de investimento antes da virada para o segundo semestre.

