Confira cientistas LGBTQIA+ que atuam em física, astronomia, computação e outras áreas Tecnologia, Astronomia, Computação, Matemática, Nasa CNN Brasil
O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (sigla que engloba lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexo, assexuais e outras identidades e expressões de gênero) é celebrado neste sábado (28). A data marca a luta por direitos e visibilidade, inclusive, na ciência e tecnologia.
Historicamente, pessoas LGBTs têm desempenhado papéis fundamentais em áreas como computação, física, química e astronomia. Por conta disso, a CNN listou cinco perfis que oferecem um panorama diverso e representativo de cientistas e pesquisadores que foram e fazem parte da comunidade. Confira:
Alan Turing (1912-1954)
O britânico foi um matemático considerado o pai da computação moderna e peça-chave na quebra dos códigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Além de seu legado científico, Turing também é lembrado por ter sido vítima da homofobia institucional de sua época: em 1952, foi condenado por ser gay, o que era crime no Reino Unido, e submetido à castração química. Sua morte precoce, em 1954, foi classificada como suicídio. Décadas depois, Turing foi oficialmente perdoado.
Jane Rigby

A astrofísica de origem espanhola Jane Rigby, cientista da Nasa e responsável pelas operações do Telescópio Espacial James Webb, foi reconhecida com o prêmio LGBTQ+ Scientist of the Year pelas contribuições excepcionais à ciência. Com doutorado pela Universidade do Arizona, Rigby é especialista em evolução de galáxias, núcleos ativos e formação estelar. Além de liderar pesquisas com o Webb, colaborou em campanhas com observatórios como Keck, Magellan e Hubble, publicando mais de 100 artigos científicos.
Lynn Conway (1938-2024)

Norte-americana, Lynn Conway é mulher trans e pioneira na arquitetura de computadores, pois revolucionou o design de chips VLSI — base essencial para o processamento moderno. Suas inovações, desenvolvidas principalmente nos anos 1970, foram fundamentais para viabilizar a computação pessoal e os sistemas integrados que usamos hoje. Em 1968, foi demitida da IBM após revelar a identidade de gênero, mas décadas depois recebeu da própria empresa um prêmio pelo conjunto da obra, o Lifetime Achievement Award, em um gesto de reparação.
Chanda Prescod‑Weinstein

Física teórica e cosmóloga negra, agênero e queer, Chanda Prescod‑Weinstein é reconhecida pelas contribuições acadêmicas e pelo ativismo interseccional na ciência. Professora na Universidade de New Hampshire, ela é autora do livro “The Disordered Cosmos”, que une explicações sobre matéria escura a reflexões sobre justiça estrutural, raça e identidade de gênero na física.
Nergis Mavalvala

Física e astrofísica paquistanesa do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em português), Nergis Mavalvala é reconhecida por integrar a equipe que, em 2016, realizou a primeira detecção de ondas gravitacionais pelo projeto LIGO, um marco revolucionário na astronomia. Além disso, ela se definia publicamente como uma “queer person of color” e foi homenageada em 2014 como LGBTQ Scientist of the Year pela Out to Innovate.
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