Feriado da Independência antecipa divulgação do Payroll. Negociações comerciais e crise institucional no Brasil são destaques da semana Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, CNN Brasil Money, economia, Estados Unidos, Mercado de Trabalho CNN Brasil
A semana econômica global inicia-se com uma agenda modificada devido ao feriado da Independência nos Estados Unidos. O principal indicador econômico, o relatório de empregos (Payroll), será antecipado para quinta-feira (3), alterando o ritmo habitual dos mercados.
Nos EUA, além do Payroll, outros dados importantes sobre o mercado de trabalho serão divulgados, incluindo o relatório JOLTS nesta terça-feira (1º) e a pesquisa ADP na quarta-feira (2). O índice de atividade PMI de Chicago, previsto para 42,7 pontos em junho, também será acompanhado de perto pelos investidores.
Negociações comerciais em foco
As negociações comerciais dos Estados Unidos com outros países ganham destaque à medida que se aproxima o prazo para a retomada das tarifas recíprocas, estabelecido por Donald Trump para 9 de julho.
Trump sinalizou possíveis extensões do prazo e afirmou que acordos já foram fechados com China, Reino Unido e outros quatro países não especificados.
O Canadá revogou um imposto sobre serviços digitais na tentativa de salvar as negociações com os EUA, enquanto as conversações com a União Europeia permanecem incertas.
Analistas preveem que os acordos fechados nos próximos dias provavelmente não serão abrangentes, deixando muitos detalhes para futuras negociações.
Crise institucional no Brasil
No cenário doméstico, a crise institucional entre o governo e o Congresso continua em evidência. O governo brasileiro considera recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o decreto que aumenta o IOF, após sua derrubada pelo Congresso. Esta situação tem gerado tensões e pode impactar as expectativas econômicas para o país.
O ministro Fernando Haddad reiterou a intenção de manter a meta fiscal para 2026, apesar das dúvidas do mercado. A meta de um superávit de 0,25% do PIB para o próximo ano é vista com ceticismo por muitos analistas.
Agenda econômica brasileira
No Brasil, serão divulgados dados importantes como o resultado consolidado do setor público em maio, com expectativa de déficit primário de R$ 42,7 bilhões, e o Caged, que deve mostrar a criação de 171,8 mil vagas de emprego formal em maio.
Os mercados globais estarão atentos ao Fórum do BCE em Sintra, Portugal, que contará com a participação de importantes banqueiros centrais, incluindo Jerome Powell do Fed, Andrew Bailey do Banco da Inglaterra e Kazuo Ueda do Banco do Japão.