Vermelho e branco chega ao título que não conquistava desde 2019 Amazonas, -agencia-cnn-, Festival de Parintins CNN Brasil
O Boi Garantido venceu o Festival de Parintins 2025. O resultado foi anunciado na tarde desta segunda-feira (30) após a apuração das notas das três noites no Bumbódromo. Esse é o 33º título do boi vermelho e branco, que volta a ser campeão após 6 anos sem conquistas.
Com o tema “Boi do Povo, Boi do Povão”, o Garantido levou para a arena toadas de reconexão com sua galera. “Perrechéologia” e “Perrechézada” foram as toadas do álbum de 2025 mais cantadas no Bumbódromo. Os momentos sempre eram mesclados com toadas mais antigas, mas também com apelo junto a sua torcida.
As apresentações do Garantido contaram com boas evoluções de Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do boi vermelho e branco, e de João Paulo Faria, amo do boi, que neste ano mesclou as tradicionais provocações ao boi “contrário” – o Caprichoso – com episódios históricos do Festival de Parintins, como na segunda noite, quando ele apareceu vestido com uma roupa semelhante a de seu tio, Paulinho Faria, antigo apresentador do boi Garantido. João Paulo é, atualmente, o item com maior identificação com a galera do Garantido.
Primeira noite
Trazendo o tema “Boi do Povo, Boi do Povão”, o Boi Garantido deu início ao Festival de Parintins buscando o 33º título de sua história. O bumbá fez uma apresentação para resgatar raízes culturais da Amazônia junto a galera vermelha e branca.
Os destaques da primeira noite de apresentação do Garantido foram o item 17 – Lenda Amazônica, representada pela alegoria “Tapyra’yawara”, de onde surgiu a cunhã-poranga Isabelle Nogueira, e a alegoria “O Povo Negro da Amazônia”, responsável por trazer para a arena a nova rainha do folclore do boi vermelho e branco, Livia Christina.
Segunda noite
O Boi Garantido levou uma apresentação que começou mesclando boi-bumbá e samba. Um casal de mestre-sala e porta-bandeira marcou presença no início da apresentação.
A cunhã-poranga Isabelle Nogueira surgiu em uma alegoria de lenda amazônica repleta de urubus. Sua indumentária, também em forma de urubu, brilhava durante sua evolução.
Outro ponto de destaque do Garantido na noite foi o item “Toada, Letra e Música”, quando o levantador de toadas Davi Assayag cantou “Olhar de Curumim”, uma toada que faz críticas ao genocídio indígena e defende a proteção dos povos originários. Durante a execução, uma bandeira do Brasil foi formada por integrantes do Garantido no meio da arena.
Terceira noite
Na terceira noite, o boi vermelho e branco trouxe uma homenagem a Chico da Silva, autor da toada “Vermelho”, nacionalmente conhecida na voz de Fafá de Belém. Após um verso do amo do boi, João Paulo Faria, a toada foi cantada por Davi Assayag, levantador de toadas, e pela galera do Garantido.
Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Garantido, se destacou em sua apresentação. Saindo da alegoria “Artesã Indígena”, a ex-BBB evoluiu ao som da toada “Deusa Cunhã” e se transformou em arara durante a performance.
