O deputado federal defende fiscalização rigorosa e corte de gastos tributários como alternativas para equilibrar contas públicas sem onerar a população Política, -transcricao-de-videos-, economia, Governo Lula, politica CNN Brasil
Em entrevista à CNN, o deputado federal Cláudio Cajado (PP/BA) afirmou que o Congresso Nacional se posiciona contrário ao aumento de tributos como meio de equilibrar as contas públicas. Segundo o parlamentar, o governo federal precisa buscar alternativas que não envolvam a elevação da carga tributária.
Cajado enfatizou a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa sobre os programas de benefícios sociais, citando recentes escândalos de corrupção no INSS como exemplo da falta de controle. “Ninguém quer tirar direito de quem tem direito, mas nós não podemos permitir que a fraude, que o desvio possa estar recebendo bilhões de recursos sem que nós possamos combater isso”, declarou.
Propostas para redução de gastos
O deputado apresentou algumas propostas para reduzir gastos e aumentar a arrecadação sem onerar a população:
- Avaliação e redução gradual de gastos tributários (isenções fiscais) ao longo de 10 a 15 anos, permitindo que as empresas se adaptem;
- Intensificação da fiscalização sobre benefícios sociais, mantendo apenas os que estiverem em conformidade com as regras;
- Corte de 10% nos gastos tributários, o que poderia gerar uma economia de cerca de R$85 bilhões;
- Ajustes na área financeira, que poderiam resultar em uma economia adicional de mais de R$10 bilhões;
- Cajado ressaltou que essas medidas poderiam gerar uma economia de R$16 bilhões ainda este ano, apenas com o aprimoramento da fiscalização.
Tensão entre Congresso e governo
O parlamentar destacou a existência de um “tensionamento” entre o Congresso e o governo federal quanto à abordagem para equilibrar as contas públicas. Enquanto o Legislativo defende o caminho de corte de gastos e controle das despesas, o Executivo, segundo Cajado, busca aumentar seus gastos por meio da elevação de tributos.
“O Congresso quer seguir pelo caminho de corte de gastos, como aqui eu expus, e de controle das despesas. O governo não. Quer não apenas não controlar, não fazer nenhum tipo de força-tarefa de fiscalização, como ocorreu no INSS e criou o rombo que ocorreu, e quer aumentar os seus gastos através de aumento de tributos”, explicou o deputado.
Cajado alertou que, se o governo insistir na tese de aumento de tributos, haverá problemas pela frente. O parlamentar reforçou que o Congresso já colaborou com medidas para aumentar a arrecadação, como alterações no sistema do CARF (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) e a tributação de empresas que antes não contribuíam, mas agora busca alternativas que não impliquem em novos aumentos de impostos para a população.