Modelo A-29 Super Tucano fabricado pela Embraer é referência para operações de segurança Nacional, BRICS, Caças Super Tucano, Cúpula do Brics, FAB (Força Aérea Brasileira), interceptações de aviões CNN Brasil
Pelo menos três aeronaves foram interceptadas, entre sábado (5) e domingo (6), na área restrita sobre onde ocorre a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, pela FAB (Força Aérea Brasileira). Os caças Super Tucano, aeronaves de ataque tático, atuaram nas situações.
Em entrevista à CNN, o tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), explicou que, quando os Super Tucanos são acionados, os caças acompanham as aeronaves interceptadas e orientam sobre as restrições de sobrevoos.
Segundo a FAB, os caças fizeram duas interceptações de aeronaves que sobrevoavam as áreas de exclusão no sábado. As aeronaves interceptadas receberam orientações para mudança de rota pelos órgãos de controle e acompanhadas por caças A-29 Super Tucano.
A FAB também informou que helicóptero fez um voo irregular e, ao avistar o Super Tucano, saiu da área restrita e pousou em um local isolado.
Conforme o comandante do CGNA, as aeronaves que foram interceptadas obedeceram às orientações. “Eram voos que inadvertidamente entraram, talvez por uma inobservância, isso está sendo investigado, e escoltamos no sentido que saíssem das áreas previstas”, afirmou.
As áreas de seguranças foram criadas por conta do evento da Cúpula do Brics, como medida de segurança. As reuniões do grupo vão até esta segunda-feira (7).
“A FAB segue em prontidão para garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro e a proteção das autoridades participantes do Brics”, informou em comunicado.
Super Tucanos
De acordo com a Embraer, o A-29 Super Tucano se destaca como uma aeronave de alta performance e excepcional adaptabilidade, capaz de enfrentar com eficiência as missões mais complexas nos ambientes mais adversos. O modelo é reconhecido mundialmente como referência em sua classe.
Além disso, conforme a empresa, o Super Tucano possui uma fuselagem robusta e capaz de operar em pistas não pavimentadas e em ambientes austeros. O modelo pode atuar em uma ampla gama de missões, como apoio aéreo tático (CAS), patrulha aérea, operações especiais, interdição aérea, vigilância de fronteiras, reconhecimento, escolta aérea, transição para caças de superioridade aérea e outros.
Em 2024, a Embraer reforçou a presença global do A-29 Super Tucano ao anunciar novas aquisições por parte de três países: a Força Aérea Portuguesa, que integrará o modelo A-29N à sua frota, além das forças aéreas do Uruguai e do Paraguai.
Operação de segurança
Durante todos os dias de reuniões da cúpula, a FAB montou uma operação de segurança de atuação no Rio de Janeiro. O órgão realiza a defesa aeroespacial, além de integrar o Comando Operacional Conjunto Redentor, junto à Marinha e ao Exército.
A FAB também atua com militares na escolta de autoridades pelo Pelotão de Motociclistas da Aeronáutica e apoio do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento em ações antiterrorismo e evacuação rápida de participantes.
Nas ações aéreas, o plano é gerido pelo COMAE (Comando de Operações Aeroespaciais) e o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). As atividades contam com o apoio de aeronaves A-29 Super Tucano e da aeronave de vigilância E-99.
Segundo a FAB, a estrutura funciona como núcleo estratégico para a coordenação das operações aéreas durante a Cúpula do Brics, com autonomia para autorizar, suspender ou cancelar voos conforme as necessidades operacionais, visando garantir a segurança, fluidez e previsibilidade dos voos na região.