Guilherme Dias Santos Ferreira tinha acabado de sair do trabalho quando foi morto por engano pelo Policia Militar Fabio Anderson Pereira de Almeida São Paulo, -agencia-cnn-, Homicídio, morto CNN Brasil
O policial militar Fabio Anderson Pereira de Almeida, preso em flagrante após reagir a uma tentativa de assalto e matar Guilherme Dias Santos Ferreira, que não tinha envolvimento com o roubo, pagou uma fiança de R$6.500 e foi liberado. O caso aconteceu no extremo Sul de São Paulo, logo depois da vítima sair do trabalho, na noite de sexta-feira (4).
De acordo com o boletim de ocorrência, o policial, após ter sido vítima de uma tentativa de assalto por um grupo de criminosos em motocicletas, reagiu e fez com que os assaltantes se afastassem. Ao avistar Guilherme se aproximando, acreditou ser um dos autores do crime e atirou.
Segundo as informações do boletim de ocorrência, Guilherme Dias Santos Ferreira não era um dos criminosos e se aproximava com relativa pressa, para se dirigir ao ponto de ônibus, situado cerca de 50 metros do local onde foi atingido. O tiro perfurou a região da cabeça.
Os pertences de Guilherme foram encontrados ao lado de seu corpo. Entre eles uma carteira, telefone celular, chaves e uma bolsa contendo livro, remédios, itens
de higiene e um recipiente de marmita, com talheres e bolsa térmica.
Guilherme havia acabado de sair do trabalho, após bater o ponto às 22:28h, junto com outros funcionários. Ele chegou a postar uma foto nas redes sociais que comprova a saída depois de concluir o dia de trabalho.
Veja a foto:

Fatos como a ausência de arma de fogo, os pertences encontrados com Guilherme, o horário registrado como término da sua jornada de trabalho e a falta de antecedentes criminais demonstram que Guilherme não tinha envolvimento com o crime. Sendo assim, os disparos efetuados por Fabio não se classificam como legítima defesa.
Familiares demonstraram revolta pelo ocorrido nas redes sociais. Gabriel Dias havia se casado recentemente e foi lembrado por amigos como “um homem íntegro, um excepcional marido, filho e amigo”. O irmão da vítima disse em uma publicação que ele era uma grande referência e que honraria o seu legado.
Após a morte, o policial foi autuado por homicídio culposo, pagou fiança estabelecida nos termos do artigo 322 do Código de Processo Penal, e vai responder ao processo em liberdade. A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) reforçou que a vítima não tinha relação com a ocorrência.
Familiares demonstraram revolta pelo ocorrido nas redes sociais. Gabriel Dias havia se casado recentemente e foi lembrado por amigos como “um homem íntegro, um excepcional marido, filho e amigo”. O irmão da vítima disse em uma publicação que ele era uma grande referência e que honraria o seu legado.
O velório e sepultamento da vítima foi realizado no último domingo (6). Muitos parentes compartilharam e lamentaram a morte dele nas redes sociais.
*Sob supervisão de Pedro Osorio