Empreendedora traz recomendações sobre como manter o desempenho profissional nos casos de empreendimentos entre amigos Negócios, Amizade, Empreendedorismo CNN Brasil
Neste domingo (20), é comemorado no Brasil o Dia do Amigo, uma data que visa celebrar a importância da amizade e de pessoas próximas que nos cercam.
No ambiente empreendedor, é comum encontrar histórias de amigos que se tornaram sócios e decidiram empreender, aproveitando os laços de parceria para também buscar o sucesso nos negócios.
Fato é que empreender entre amigos pode ser uma jornada promissora, mas também desafiadora. A afinidade, a confiança mútua e o relacionamento de longa data são grandes aliados no início de um negócio, tornando as decisões mais ágeis e o ambiente mais colaborativo.
No entanto, essa mesma proximidade pode gerar conflitos quando expectativas, responsabilidades ou visões de futuro não estão bem alinhadas.
Em um ambiente cada vez mais competitivo, para que a parceria prospere tanto no âmbito pessoal quanto profissional, é preciso alinhamento, comunicação e transparência.
Somente dessa maneira, amigos que empreendem juntos podem comprovar que laços pessoais podem ser também um catalisador do sucesso no mundo dos negócios.
A Manacá Consultoria Ambiental, empresa de Sorocaba, no interior de São Paulo, é um desses exemplos. Fundada em 2020 pela engenheira ambiental Polyane Ferraz, e a bióloga Ana Beatriz de Almeida, a Manacá é fruto de uma amizade que se estendeu para além do companheirismo e invadiu também o ambiente empreendedor.
Como surgiu o negócio
Amigas por mais de uma década, elas decidiram fundar a Manacá para dar vazão a uma demanda reprimida por empresas especializadas em consultoria para licenciamento ambiental — processo que garante que empresas operem em conformidade com a legislação vigente.
O pontapé para o negócio veio após uma oportunidade pontual para a elaboração de um laudo de vegetação em um projeto específico. Foi naquela época que as duas perceberam que havia espaço para uma empresa dedicada à área, e que a sinergia entre as áreas profissionais (e afinidade pessoal) poderia ajudar na empreitada.
“Foi quando pensamos: por que não?”, conta Polyane.
Assim, a complementaridade das carreiras, uma experiência profissional partilhada no passado e a boa convivência deram origem ao negócio, hoje bem-sucedido. “Decidimos arriscar no mundo empresarial com fé que daria certo, e deu.”
Cinco anos depois, a Manacá conta com sete funcionários e mais 140 clientes em seu histórico, de indústrias de pequeno a grande porte a empresas de mineração e construção civil.
No portfólio da Manacá está o acompanhamento ambiental de grandes projetos de infraestrutura como a expansão de túneis e rodovias, além da forte atuação na construção civil de grandes construtoras e empresas como MRS, a concessionária de rodovias CCR e a empresa de saneamento Sabesp.
Ao atender companhias interessadas em adotar práticas mais sustentáveis, a Manacá também pretende perpetuar o impacto positivo para além dos projetos estruturais possivelmente nocivos ao meio ambiente.
De acordo com Polyane, o grande diferencial do negócio está na escuta ativa da clientela, priorizando entender as minúcias de cada projeto desenvolvido.
“Acreditamos muito que nosso diferencial é a atenção que damos ao cliente desde o início — do contato para elaboração de proposta a visitas técnicas e tratamento em campo — agregado à toda competência técnica da nossa equipe”, diz. “Nós realmente estamos interessadas em resolver os problemas, e o mais importante: nós paramos tudo para escutá-los e entender de fato a sua necessidade”.
A mesma ênfase dada à comunicação com clientes é também a chave para o bom desempenho da Manacá quando o assunto é conciliar gestão e amizade, defende Polyane.
“Sem sombra de dúvidas, transparência, parceria e saber ouvir a outra foram essenciais para que nós mantivéssemos a amizade e o bom desempenho nos negócios”, diz.
Para ter sucesso ao equilibrar os papéis de amigas e sócias, a recomendação de Polyane é ser criterioso em relação à escolha da pessoa com quem irá partilhar essa sociedade.
“É preciso escolher alguém que tenha princípios e valores muito semelhantes aos seus, que se dê bem, que te entenda, para evitar atritos e situações desconfortáveis”, diz.
Por fim, a comunicação clara e transparente entre os amigos e sócios segue sendo determinante para o sucesso de qualquer empreendimento, avalia.
“Se a comunicação não é clara, ela abre espaço para interpretações equivocadas, o que pode gerar discussões desnecessárias e dificultar a amizade e os negócios”.
Por Maria Clara Dias
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