Na avaliação do presidente do Ibram, Raul Jungmann, possíveis acordos no setor mineral devem ter como premissa a transferência de tecnologia, industrialização e diversificação da pauta mineral Macroeconomia, Balança Comercial, CNN Brasil Money, Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), minérios, produção mineral CNN Brasil
O Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) estima que projetos do setor de minerais críticos no Brasil irão receber cerca de R$ 100 bilhões em investimentos entre 2025 e 2029.
A movimentação ocorre em meio a uma corrida global por minerais críticos e estratégicos, insumos essenciais para a produção de baterias, semicondutores e tecnologias de ponta nas áreas de defesa e transição energética.
O Ibram estima que, ao todo, os investimentos no setor mineral do Brasil devem ultrapassar os R$ 370 bilhões no mesmo período. Investimentos em logística e minério de ferro correspondem por mais de 47% dessa estimativa.
Na avaliação do presidente do Ibram, Raul Jungmann, possíveis acordos no setor mineral devem ter como premissa a transferência de tecnologia, industrialização e diversificação da pauta mineral.
Recentemente, Jungmann se encontrou com o encarregado de Negócios da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, que demonstrou interesse em um acordo com o Brasil para a produção de minerais críticos em território nacional.
Os números foram apresentados nesta terça-feira (5) em coletiva de imprensa para apresentar dados do setor relativos ao primeiro semestre de 2025.
Entre janeiro e junho, o saldo da balança mineral somou US$ 16,01 bilhões, o equivalente a 53% do superávit total da balança comercial do país no período, que foi de US$ 30,09 bilhões.
As exportações minerais atingiram US$ 20,1 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 4,1 bilhões nos seis primeiros meses do ano.
O minério de ferro foi responsável por 63% das exportações.
A China foi o principal destino do minério brasileiro, respondendo por 68% das exportações do setor. Já as importações vieram principalmente dos Estados Unidos (22%), Rússia (20%), Austrália (12%) e Canadá (12%).
Segundo o instituto, o faturamento do setor no semestre foi de R$ 139,2 bilhões, alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2024. O minério de ferro respondeu por 53% desse total.
O faturamento dos minerais críticos subiu 41,6% no período.
Além disso, o setor mineral gerou mais de 5 mil novos empregos neste ano e arrecadou R$ 48 bilhões em impostos e tributos, um crescimento de cerca de 7,5%.
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