Base aliada se reuniu nesta segunda-feira (25) com Gleisi Hoffmann no Planalto para traçar estratégias Entretenimento, CPMI do INSS, Dilma Rousseff, Governo Lula CNN Brasil
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) querem rever o marco temporal pretendido pelo relator Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) na CPMI do INSS e tirar o governo Dilma Rousseff (PT) dos trabalhos da comissão, que começa efetivamente nesta terça-feira (26).
A ideia dos governistas é que as atividades da CPMI se debrucem a partir do governo Michel Temer (MDB) ou do governo Jair Bolsonaro (PL). Gaspar, por sua vez, fala em começar os trabalhos a partir de Dilma.
Para tanto, os governistas estudam apresentar um plano de trabalho alternativo ao de Gaspar e apostam em contar com a maioria dos membros da comissão por dois votos a mais (17 a 15), desde que ninguém falte.
A base aliada se reuniu na noite desta segunda-feira (25) com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto, para discutir estratégias.
Os participantes fizeram um levantamento de quem pode ser considerado da base e reforçaram a importância da presença de todos os aliados – especialmente para que não saiam derrotados como aconteceu na semana passada, em que perderam a presidência e a relatoria da CPMI para a oposição.
Com a maioria, seria também possível barrar a aprovação de requerimentos considerados mais sensíveis. Inclusive, a de ex-ministros da Previdência Social e ex-presidentes do INSS no governo de Dilma.
São 35 requerimentos pautados para esta terça, todos apresentados por Alfredo Gaspar, que é bolsonarista. Gaspar preocupa mais os governistas do que o presidente do colegiado, Carlos Viana. Avaliam que Viana deve jogar conforme o andamento da comissão e de maneira mais isenta.
Um ponto em aberto é a vice-presidência da CPMI, posto importante por substituir o presidente em sua ausência. O governo quer resolver isso nesta terça, emplacando Duarte Junior (PSB-MA).
O governo chegou a pedir que Duarte retirasse a candidatura, em prol do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). No entanto, diante da negativa de Duarte, Pimenta continuará com a coordenação da base na CPMI.
A intenção é que Duarte Junior consiga agregar votos de vagas do governo e do centro. A defesa será de que fará um trabalho técnico, até por ser ex-presidente do Procon no Maranhão.
O PL pretende lançar um parlamentar do partido para o cargo, mas ainda discute internamente quem será. A oposição terá uma reunião nesta terça pela manhã, antes da CPMI, também para acabar de discutir estratégias.

