Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retomou julgamento do ex-presidente e outros sete réus Política, -agencia-cnn-, Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro, Julgamento Bolsonaro, PGR (Procuradoria-Geral da República), STF (Supremo Tribunal Federal) CNN Brasil
O advogado Celso Vilardi, defesa de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o ex-presidente teria sido “dragado” para as ações investigadas pela PF (Polícia Federal) do plano de golpe após as eleições de 2022.
“Porque na verdade foi achada uma minuta do punhal verde e amarelo, uma minuta planíbia de uma operação bonita e como todos nós sabemos, o trágico episódio, ocorreu o trágico episódio de 8 de janeiro. E o presidente, a quem estou representando, foi dragado para esses fatos”, declarou Vilardi.
Em sua sustentação feita no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), que retomou, nesta quarta-feira (3), o julgamento de Bolsonaro e outros sete réus, o advogado ainda afirmou que o ex-presidente não atentou contra o Estado Democrárico de Direita.
“Daí em diante, o que acontece, o que aconteceu com a investigação da Polícia Federal e depois com a denúncia do Ministério Público, é na verdade uma sucessão inacreditável de fatos”, disse o advogado.
A acusação pediu a condenação de Bolsonaro e destacou seu papel central na tentativa de golpe que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, os atos começaram a ser articulados em 2021 e que as provas colhidas desde a abertura da ação penal pelo STF reforçam a responsabilidade do ex-presidente.
Entre os elementos citados estão planos apreendidos, diálogos documentados e a destruição de bens públicos. Gonet ressaltou ainda que o próprio Bolsonaro, em interrogatório, teria feito uma “clara confissão de intento antidemocrático” ao admitir que buscou alternativas para contornar decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com as quais não concordava.
Esta é a última chance dos advogados do ex-presidente de apresentarem argumentos pela absolvição ou redução da pena de Bolsonaro antes do julgamento.
Após as sustentações orais de todas as defesas, iniciam-se os votos dos ministros.
Cronograma do julgamento
Foram reservadas pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, cinco datas para o julgamento do núcleo crucial do plano de golpe. Veja:
- 2 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Ordinária)
- 3 de setembro, quarta-feira: 9h às 12h (Extraordinária)
- 9 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Ordinária)
- 10 de setembro, quarta-feira, 9h às 12h (Extraordinária)
- 12 de setembro, sexta-feira, 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Extraordinária)
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