Jornalista inglesa detalha encontros com herdeira do cantor em entrevista ao “Fantástico” Entretenimento, #CNNPop, Biografia, Freddie Mercury CNN Brasil
Freddie Mercury teria tido uma filha em segredo, que guardou 17 cadernos e diários escritos pelo cantor por mais de 30 anos. Em entrevista ao “Fantástico“, a jornalista britânica Lesley-Ann Jones, responsável por “Love, Freddie“, nova biografia do cantor, contou detalhes da descoberta.
Há quatro anos, ela recebeu uma mensagem anônima de uma mulher que se identificava apenas como “B.“. “O e-mail chegou em 15 de dezembro de 2021 com 26 mil palavras e muitas informações inéditas sobre Freddie. Dava para perceber que vinha de alguém muito próximo. Depois de muitas mensagens, pensei que para conhecer tantos detalhes, essa pessoa só poderia ser filha dele. Ela respondeu: ‘você adivinhou, não fui eu que disse’”.
B. revelou o nome de nascimento do pai de Freddie, que ela não havia encontrado em 25 anos de pesquisa. Jones cogitou que pudesse ser uma farsa, mas afastou a ideia. “Fiz várias checagens, com datas e locais do show que a banda passou e concluí que ela era mesmo a filha de Freddie“.
Semelhança
Em maio de 2023, Leslie foi até a Suíça conhecer B. “O encontro foi impressionante. Eu não o via desde 1986. Parecia que eu estava vendo o Freddie de 37 anos atrás. Ela se parece mesmo com ele“. A mulher exigiu que sua identidade não fosse revelada.
Ela viu também os 17 cadernos com anotações do líder do Queen. Nos diários, há detalhes sobre a infância em um internato na Índia aos 8 anos, onde sofreu bullying, abandono, violência e abuso de um professor. “A maioria dos cadernos não são diários, mas cadernos de anotações, como nós jornalismos usamos. Vi várias frases que inspiraram músicas, anotações e desabafos. Ele começou em 20 de junho de 1976 escrever quando soube que seria pai”, detalha.
O estopim para que B. finalmente resolvesse revelar sua existência foi o filme “Bohemian Rhapsody” (2018). “Ela ficou muito irritada. Para ela, não mostraram a real personalidade de Freddie como as risadas, o humor e o lado carinhoso, só um personagem sombrio, intenso e miserável que passava boa parte do filme com raiva. Três anos depois, lancei uma biografia do Freddie e ela disse que cheguei perto da essência dele, passando a me contar o que havia nos cadernos. Essa é a coisa mais próxima de uma autobiografia que vamos ter”, conta a jornalista.