Profissional foi atingida na mão durante coleta de sangue; caso aconteceu em um hospital no centro de Belo Horizonte, Minas Gerais Minas Gerais, -agencia-cnn-, Contaminação, HIV, Seringa CNN Brasil
Uma mulher, de 25 anos, foi presa em flagrante na segunda-feira (29) após ferir uma enfermeira, de 52, com uma agulha contaminada por HIV durante atendimento em um hospital na região central de Belo Horizonte, Minas Gerais. A suspeita é mãe de um bebê de três meses.
De acordo com a Polícia Militar, os agentes foram acionados por volta das 2h57 na Rua Alameda Ezequiel Dias. No local, a vítima relatou que, durante um procedimento de coleta, a paciente retirou a agulha e perfurou sua mão. Os militares confirmaram que a mãe é soropositiva e que a criança também testou positivo para HIV.
Aos policiais, ela negou a intenção de ferir a profissional e disse que foi um mal-entendido. A mulher afirmou que retirou o acesso venoso da criança, e, que na verdade, jogou o material no chão, pois que acreditava que o procedimento estivesse machucando o bebê.
A criança permaneceu no hospital, enquanto a enfermeira foi encaminhada para atendimento médico e recebeu o coquetel antirretroviral de prevenção.
Já a suspeita foi levada para a Delegacia do Centro de Belo Horizonte, onde prestou depoimento, e depois transferida para o Presídio de Vespasiano. Segundo a Polícia Civil, ela pode responder pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais encaminhou uma nota para à CNN lamentando o ocorrido.
Nota FHMIG
“A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) lamenta profundamente o ocorrido com a servidora e informa que está prestando toda a assistência à profissional, que foi acolhida e orientada. A servidora foi atendida conforme protocolo institucional de exposição a material biológico potencialmente contaminado.
A direção do Complexo de Urgência, do qual o Hospital Infantil João Paulo II faz parte, está colaborando com as autoridades responsáveis para o devido esclarecimento dos fatos. A Fhemig repudia qualquer forma de violência contra seus servidores e reforça o compromisso e respeito aos profissionais da saúde, que diariamente se dedicam ao cuidado da população mineira.
A Fhemig oferece acompanhamento por meio da área de Saúde e Segurança do Trabalhador para apoiar seus servidores e reafirma seu comprometimento com a proteção tanto dos profissionais quanto dos pacientes. Em busca de um ambiente mais seguro, a Fundação realiza avaliações contínuas das medidas de segurança em todas as suas unidades, com o objetivo de implementar estratégias eficazes para prevenir e enfrentar a violência.
O Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) conta com 118 câmeras de segurança e cobertura ampla, que contribuem para o monitoramento e a proteção dos profissionais e pacientes. Possui também controle de acesso e segurança 24 horas.”
*Sob supervisão de AR.
