Instalação abrigará drones MQ-9 Reaper, capazes de alcançar Coreia do Norte e o Mar da China Oriental Internacional, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Estados Unidos, Mar do Sul da China, Segunda Guerra Mundial CNN Brasil
A Força Aérea dos Estados Unidos vai recuperar um esquadrão da Segunda Guerra Mundial para estabelecer a presença permanente de drones na Península Coreana e reforçar a segurança na região.
O 431º Esquadrão Expedicionário de Reconhecimento foi ativado na segunda-feira (29) na Base Aérea de Kunsan, na costa oeste da Coreia do Sul, ao sul da capital Seul. Drones MQ-9 Reaper voarão da instalação.
Esta é mais uma medida para reforçar a capacidade aérea das forças americanas na península, após o reposicionamento dos caças F-16 para mais perto da Coreia do Norte nos últimos meses. A mudança também vem poucas semanas depois do líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter aparecido ao lado do líder chinês, Xi Jinping, em um desfile militar em Pequim.
Os Reapers são aeronaves turboélice monomotores não tripuladas que podem realizar uma variedade de combates e outras missões, de acordo com um folheto informativo da Força Aérea.
Com um alcance de mais de 2.575 quilômetros e a capacidade ilimitada de sobrevoar com reabastecimento aéreo, os Reapers são uma grande adição às forças dos EUA na região.
O alcance dos Reapers cobre não apenas a Coreia do Norte, mas também o Mar da China Oriental e Taiwan, a cerca de 1.285 km de distância.
“As operações MQ-9 apoiarão as prioridades de inteligência, vigilância e reconhecimento dos EUA-Coreia em todo o teatro Indo-Pacífico”, afirmou a Força Aérea. A região militar estende-se desde as águas da costa oeste dos Estados Unidos até à fronteira ocidental da Índia e da Antártica ao Polo Norte.
“A implantação do MQ-9 traz uma capacidade poderosa para a região”, disse o tenente-coronel Douglas Slater, que comandará o esquadrão, em comunicado.
“Estamos aqui para apoiar a missão, aprofundar a cooperação e demonstrar o nosso compromisso comum de manter a segurança e a estabilidade em todo o Indo-Pacífico”, disse Slater.
Para missões de combate, os MQ-9 podem transportar uma variedade de armas, desde mísseis Hellfire até bombas guiadas a laser.
A presença permanente dos Reapers em Kunsan mostra o compromisso de Washington com a Coreia do Sul e os seus outros aliados e parceiros do Pacífico. Não foi anunciado quantos Reapers ficarão estacionados, mas uma ficha informativa da Força Aérea mostra que havia 50 no inventário do Comando de Operações Especiais dos EUA em janeiro.
Nome do esquadrão remete à Segunda Guerra Mundial
A designação da unidade de drones como 431º Esquadrão retoma o nome de uma esquadra da Segunda Guerra Mundial, ativada em 1943 como 431º Esquadrão de Caça na Austrália. O esquadrão voava caças de longo alcance P-38 Lightning como escoltas de bombardeiros americanos no Pacífico.
O 431º esteve ativo pela última vez como esquadrão de testes para aeronaves F-111 na Califórnia e foi fechado em 1992.
A ativação do esquadrão na Coreia do Sul é o segundo grande movimento do ano da Força Aérea na península.
Em julho, a Força Aérea começou a mover caças F-16 de Kunsan para formar o que chama de um “superesquadrão” mais próximo da Coreia do Norte.
Um total de 31 caças F-16 e 1.000 militares serão transferidos de Kunsan para Osan em outubro, informou a Força Aérea em comunicado.
A transferência temporária deverá durar até outubro do ano que vem, com o objetivo de “maximizar as capacidades e aumentar a eficácia do combate na Península Coreana”, de acordo com um comunicado da Força Aérea.