Organização foi designada como terrorista pelo governo britânico depois que integrantes invadiram base da Força Aérea Real Internacional, Europa, Faixa de Gaza, Israel, Londres, Manifestantes, Palestina, Protesto, Reino Unido CNN Brasil
A polícia de Londres, no Reino Unido, prendeu dezenas de manifestantes por apoiarem um grupo pró-palestino proibido durante uma manifestação neste sábado (4), que ocorreu apesar dos pedidos para cancelá-la após um ataque a uma sinagoga na cidade de Manchester.
Duas pessoas foram mortas no ataque na cidade do noroeste da Inglaterra na quinta-feira (2), e a polícia matou a tiros o agressor, um britânico de ascendência síria que, segundo a polícia antiterrorismo, pode ter sido inspirado por ideologia extremista islâmica.
Os organizadores recusaram os pedidos da polícia e do governo para cancelar a manifestação deste sábado, que havia sido anunciada antes do ataque, para protestar contra a proibição do grupo pró-palestino Ação Palestina, segundo as leis antiterrorismo.
Premiê britânico pede calma
Apelando à calma em uma publicação na rede social X na manhã deste sábado (4), o primeiro-ministro britânico Keir Starmer disse: “Peço a todos que pensam em protestar neste fim de semana que reconheçam e respeitem a dor dos judeus britânicos.”
“Este é um momento de luto. Não é hora de atiçar a tensão e causar mais dor. É hora de nos unirmos”, escreveu Starmer.
A polícia prendeu manifestantes na Trafalgar Square, no centro de Londres, enquanto escreviam slogans em cartazes declarando apoio à Ação Palestina, que foi proibida em julho depois que membros invadiram uma base aérea e danificaram aviões militares.
Centenas de pessoas se reuniram para o protesto, aplaudindo e incentivando os presos enquanto eram carregados pela polícia sem oferecer resistência. Os espectadores gritavam “vergonha” para os policiais.
“Estou enojada com a polícia, na verdade. Eles não deveriam estar prendendo manifestantes pacíficos aqui”, afirmou a manifestante Angie Zelter. “Temos o direito de protestar e a Ação Palestina não é uma organização violenta e nunca deveria ter sido proscrita.”
Seis pessoas foram presas separadamente após hastearem uma faixa da Ação Palestina na Ponte de Westminster, em frente ao parlamento.
Série de protestos
A manifestação é a mais recente de uma série de protestos, durante os quais centenas foram presos por desafiar a proibição, que torna crime demonstrar apoio à Ação Palestina.
A polícia afirmou que os protestos deste sábado desviariam recursos da segurança reforçada em sinagogas e mesquitas após o ataque de quinta-feira (2).
A Defend Our Juries, que organizou o protesto deste sábado, condenou o ataque à comunidade judaica em Manchester e pediu à polícia que se concentre nisso, e não no policiamento da manifestação.
O ataque de quinta-feira ocorreu após incidentes de ódio antissemita e islamofóbico no Reino Unido neste verão, e manifestantes pró-palestinos foram às ruas para denunciar Israel, atraindo críticas de alguns membros da comunidade judaica.
Comunidades judaicas e muçulmanas expressaram temores por sua segurança.
Israel trava guerra contra o Hamas em Gaza desde que o grupo militante palestino atacou Israel há dois anos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, instou Israel a interromper os bombardeios depois que o Hamas afirmou estar pronto para libertar reféns e concordou com alguns aspectos de um plano para interromper a guerra.

