Análise de Lourival Sant’Anna, no CNN Prime Time, indica que grupo palestino permanece armado e com estrutura intacta na Faixa de Gaza, enquanto Netanyahu não alcança objetivo de destruição total Internacional, -transcricao-de-videos-, Faixa de Gaza, Hamas, Israel, Oriente Médio CNN Brasil
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, que resultou na liberação de reféns e prisioneiros de ambos os lados, marca um momento significativo no conflito, porém está longe de representar uma solução definitiva para a região. “Hamas segue armado, túneis não estão destruídos”, conforme explicou o analista Lourival Sant’Anna, no CNN Prime Time.
O objetivo declarado de destruição completa do Hamas não foi atingido. O grupo mantém sua estrutura de túneis preservada e continua armado, evidenciando as limitações de uma estratégia puramente militar para resolver o conflito.
“A Faixa de Gaza será governada por quem? O que vai acontecer com o Hamas, será desarmado?”, questiona Sant’Anna, ressaltando que essas dúvidas permanecem. Segundo a análise, é impraticável desarmar o Hamas.
O Hamas demonstra sua persistência ao manter sua estrutura militar operacional. À medida que as forças israelenses se retiram de certas áreas, o grupo reassume o controle, por vezes de forma violenta, especialmente contra milícias rivais apoiadas por Israel na Faixa de Gaza.
O conflito resultou em um alto número de baixas, incluindo 28 reféns que perderam suas vidas. Muitas dessas mortes ocorreram durante bombardeios israelenses, uma vez que não era interesse do Hamas eliminar os reféns, que serviam como moeda de troca nas negociações.
Desafios para uma paz duradoura
A situação na Cisjordânia permanece como ponto central do conflito, onde a expansão da colonização judaica torna cada vez mais difícil a viabilidade de um território palestino contínuo. Sem um território definido, as perspectivas de estabelecimento de um estado palestino e de paz duradoura entre as partes continuam distantes.
O cenário atual apresenta paralelos históricos importantes, como as negociações de 1991 que levaram aos acordos de Oslo em 1993. No entanto, a presença de elementos radicais em ambos os lados continua a dificultar o progresso em direção a uma solução pacífica.

