Professor especialista em vestibulares explica os princípios da construção de um bom planejamento de estudos
Este conteúdo foi originalmente publicado em Fuvest 2026: como montar um calendário de estudos no site CNN Brasil. Educação, Fuvest, USP (Universidade de São Paulo), Vestibular CNN Brasil
Organizar os estudos para a Fuvest, um dos vestibulares mais concorridos do país e que dá acesso aos cursos da USP (Universidade de São Paulo), exige planejamento estratégico. É preciso entender as prioridades, conhecer os temas fundamentais e ter consistência.
Para ajudar nesse planejamento inicial, a CNN entrevistou João Barreiros, Coordenador do Poliedro, que indicou os caminhos para construir um calendário de estudos eficaz para ingressar na USP em 2026. Confira:
Comece pelo edital
A Fuvest é composta por duas fases: a primeira, com questões objetivas englobando todas as disciplinas, e a segunda, com questões dissertativas e redação. Entender essa dinâmica é, para Barreiros, o mais importante. Só depois, com entendimento sobre o formato, é que o estudante deve pensar estruturalmente seu calendário.
“É fundamental, como ponto de partida, conhecer o formato e as características da prova”, explica ele. “Revisar o edital permite compreender a organização e a estrutura do vestibular.”
E como estruturar o calendário?
Para um calendário eficiente, o professor indica três passos:
- Equilibrar o tempo dedicado a cada disciplina, priorizando as áreas de maior dificuldade;
- Incluir revisões periódicas e simulados semanais;
- Reservar um horário fixo para leitura de notícias e prática de redação.
Ao fazer essas escolhas, portanto, o estudante precisa ter em mente o que, em geral, aparece com mais frequência nas provas da primeira fase. Ele indica, com base em sua experiência, as disciplinas que costumam manter os mesmos padrões ano a ano no vestibular da USP. São elas:
- Matemática: funções, trigonometria e geometria plana e espacial;
- Física e química: cinemática, ótica, estequiometria e química orgânica;
- Biologia: ecologia, genética, botânica e fisiologia humana;
- História e geografia: Era Vargas, Brasil Colônia, geopolítica atual, questões climáticas e urbanização brasileira.
Fase 2: foco e aprofundamento
Uma vez aprovados na primeira fase do vestibular, os estudantes precisarão resolver uma prova diferente em um novo momento de testes. Nessa fase, a prova é totalmente discursiva e, por essa razão, esse modelo de questões deve ser incluído na preparação dos alunos.
“Para a segunda fase da Fuvest, é pertinente priorizar a revisão dos temas mais recorrentes nas disciplinas exigidas pela carreira desejada”, orienta ele.
Algumas estratégias, na visão do professor, são mais eficientes:
- Concentre-se em exercícios discursivos que simulem o formato da prova;
- Aprofunde o estudo nos conteúdos específicos da carreira escolhida;
- Aprimore a escrita, buscando respostas claras e bem fundamentadas.
Recursos valiosos
Fora dos momentos de estudo comum, de teoria e prática, os estudantes precisam incluir momentos de resoluções de simulados e de outras edições do vestibular.
“Resolver provas anteriores é fundamental para compreender e assimilar o estilo da Fuvest, além de identificar pontos a melhora. Essa prática deve ser intensificada a partir do segundo terço do ano”, diz Barreiros.
Por fim, o coordenador indica ainda que os estudantes precisam pensar suas rotinas para além dos estudos. Comer de forma balanceada e dormir regularmente são caminhos importantes para manter a saúde ao longo da jornada.
“O equilíbrio emocional e físico não pode ser deixado de lado. Atividades físicas leves e momentos de lazer são importantes para reduzir o estresse.”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Fuvest 2026: como montar um calendário de estudos no site CNN Brasil.
