Itamaraty ressaltou a trajetória do país na ONU e propôs ajustes diante dos “desafios atuais e futuros” Política, Governo brasileiro, Ministério das Relações Exteriores, Nações Unidas, ONU (Organização das Nações Unidas) CNN Brasil
O Ministério das Relações Exteriores divulgou nesta sexta-feira (24) uma nota em homenagem aos 80 anos da ONU (Organização das Nações Unidas), reafirmando o compromisso do Brasil com os valores fundadores da instituição, como a defesa da paz, dos direitos humanos e da igualdade entre nações.
Na mensagem, o Itamaraty lembrou que o Dia das Nações Unidas, celebrado em 24 de outubro, marca a entrada em vigor da Carta das Nações Unidas, em 1945, documento que estabeleceu os pilares da entidade após o fim da Segunda Guerra Mundial.
O texto ressaltou que o Brasil “reconhece os incomensuráveis aportes da Organização ao longo de sua história em favor da paz, do desenvolvimento sustentável e de uma ordem internacional baseada no direito internacional”.
Ao mesmo tempo, o governo brasileiro defendeu que a ONU e seus órgãos passem por uma reforma, de modo a se adequarem ao cenário atual, descrito como de “deterioração do multilateralismo, aumento dos conflitos internacionais e cortes ao financiamento de suas ações”.
Segundo o Itamaraty, novos temas globais, como mudanças climáticas, igualdade racial e consolidação da paz, devem ganhar espaço nas normas e debates da instituição — questões que não faziam parte da agenda original da ONU, mas que se tornaram centrais nas últimas décadas.
A nota ainda enfatizou o orgulho do Brasil em ser membro fundador da ONU e seu compromisso em “reforçar o papel central da Organização na manutenção da paz e da segurança internacionais”.
Além de ter destacado que o país seguirá trabalhando para que as ações das Nações Unidas tenham impacto positivo “sobre o bem-estar e as condições de vida de populações em situação de vulnerabilidade”.
Encerrando a declaração, o Ministério das Relações Exteriores avaliou que o século 21 será “cada vez mais multipolar” e compartilhou que essa nova configuração global deve ser acompanhada por um multilateralismo renovado, fortalecido e legítimo, capaz de garantir um mundo “pacífico e justo”.


