Em entrevista à CNN, Leonardo Trevisan destaca que uma reunião técnica foi marcada logo após o encontro na Malásia Internacional, -transcricao-de-videos-, Comércio exterior, economia, Estados Unidos, Governo Lula, tarifaço CNN Brasil
Em entrevista ao Agora CNN, Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, avalia que o encontro entre o presidente Lula (PT) e Donald Trump na Malásia sinalizou uma importante mudança no relacionamento entre Brasil e Estados Unidos, com indicativos de avanços nas negociações comerciais entre os dois países.
A reunião, que aconteceu em um clima de cordialidade, abordou temas sensíveis como as tarifas comerciais impostas por Trump aos produtos brasileiros. “O encontro foi seguido por uma reunião técnica imediata, demonstrando urgência nas tratativas, com a possibilidade de suspensão temporária das tarifas”, destaca Trevisan.
A questão da Venezuela também foi abordada durante o encontro, com um tom de pacificação e eliminação da hipótese de intervenção militar, alinhando-se aos interesses da América do Sul. “Como sinal positivo do novo momento, os Estados Unidos já sinalizaram a disposição para retomar a venda de equipamentos militares ao Brasil”, diz o professor.
Mudança na postura americana
A alteração no posicionamento dos Estados Unidos foi influenciada por dados econômicos. “As exportações brasileiras para os EUA caíram 18,5% em agosto, enquanto o total das exportações brasileiras cresceu 4,5% no mesmo período, indicando que o Brasil encontrou outros mercados para seus produtos”, diz Trevisan.
A diplomacia brasileira também teve papel fundamental nessa aproximação. Em encontro recente entre os chanceleres dos dois países, o Brasil reafirmou sua posição no Ocidente, esclarecendo que suas relações comerciais com a China não significam alinhamento geopolítico com o país asiático.

