A Toyota quer revolucionar com sua nova família de motores quatro cilindros. A montadora japonesa está projetando novos propulsores 1.5 e 2.0, que prometem maior eficiência para manter os motores a combustão vivos, mesmo com as normas de emissões ficando mais rígidas na maior parte do mundo.
Os motores ainda estão em desenvolvimento, mas aos poucos a Toyota vai soltando pistas para entendermos qual será o propósito de cada um dentro da linha da marca. Sabemos que o foco será aliar os motores 1.5 (turbo e aspirado) e o 2.0 turbo à eletrificação para que sejam mais econômicos e ecologicamente corretos, mas isso não impede que eles possam também atuar sozinhos em outras aplicações.
Durante o Salão do Automóvel de Tokyo, a Toyota mostrou um protótipo do GR Yaris com o novo 2.0 turbo, batizado de G20E, instalado no centro do carro. É algo totalmente diferente do que vimos no hot hatch, com um motor 1.6 de três cilindros montado na dianteira e que entrega 300 cv.
A Toyota, porém, não entregou a potência do seu novo 2.0 turbo. Mas em entrevistas e pronunciamentos passados, como a entrevista dada ao site Car Watch pelo diretor de tecnologia da Toyota, Hiroki Nakajima, a montadora deu a entender que a meta é extrair até 400 cv do quatro cilindros.
Além disso, há ainda uma versão mais mansa nos planos, com cerca de 300 cv. Enquanto isso, as versões de corrida do 2.0 devem chegar na casa dos 600 cv
Existem rumores de que a Toyota pretende reviver antigos clássicos como os esportivos Celica e o MR2, e o motor G20E pode ser a chave para isso graças a sua versatilidade. O 2.0 turbo abre um leque de opções, afinal, ele pode ser montado tanto longitudinalmente, quanto na transversal. Além disso, será totalmente compatível com trem de força híbrido, o que permitirá ir além dos 400 cv que a Toyota tem como meta.
Este motor também seria uma boa opção para o Supra. O cupê esportivo está se despedindo da sua geração atual, mas a Toyota já garantiu que esse não será um “adeus”, mas apenas um “até logo”. Em sua série de despedida, limitada em 300 unidades, o esportivo usa o motor B58 da BMW: um 3.0 seis cilindros em linha de 434 cv e 58 kgfm.
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Se isso realmente acontecer, a Toyota teria um motor em pé de igualdade para disputar mercado com carros da BMW M e da Mercedes-AMG, por exemplo. Enquanto os esportivos da marca Toyota seriam mais em conta, ao mesmo tempo que conseguiriam entregar grandes potências, a Lexus seria a responsável por oferecer o mesmo motor, mas em carros com maior luxo.
E isso não está muito fora da realidade, uma vez que a montadora já mostrou sua nova família de motores equipando um Lexus IS de em sua pista de testes.
