Gabinete do governo de Israel se reúne nesta sexta (17) para votar acordo de cessar-fogo
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Gangues criminosas” podem atrapalhar ajuda humanitária em Gaza, diz fonte no site CNN Brasil. Internacional, Ajuda humanitária, Gaza, Hamas, Israel, ONU (Organização das Nações Unidas) CNN Brasil
O aumento da ajuda humanitária em Gaza para 600 caminhões por dia, conforme descrito na proposta do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas, seria “apenas o começo” para lidar com a crise humanitária em Gaza, de acordo com uma fonte da Organização das Nações Unidas (ONU).
As condições de segurança e as “gangues criminosas” podem impactar a capacidade das agências humanitárias de entregar ajuda no enclave, disse a Coordenadora Sênior Humanitária e de Reconstrução da ONU de auxílio à Gaza, Sigrid Kaag, à CNN nesta quinta-feira (16).
“Temo que nos primeiros dias após o anúncio formal e o início de um cessar-fogo, as condições de segurança no local, bem como nossa capacidade de entregar ajuda, possam ser impactadas”, compartilhou Kaag. “Mas isso não nos impede nem nos desencoraja”, acrescentou.
A funcionária da ONU destacou preocupações por acesso rápido, desimpedido e ininterrupto a Gaza.
“Isso significa a necessidade de um processo rápido, aprovações de visto para funcionários, verificação de diferentes tipos de bens, qualquer coisa que seja impedimento burocrático”, detalhou Kaag.
No mês passado, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU informou que apenas 2.205 caminhões de ajuda entraram em Gaza no mês de dezembro, ou cerca de 71 por dia.
O gabinete do governo de Israel deve se reunir nesta sexta-feira (17) para votar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns para a Faixa de Gaza, segundo uma autoridade israelense.
A reunião acontecerá um dia depois do que estava inicialmente prevista para acontecer, depois que o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que obstáculos de última hora ainda estavam sendo resolvidos nas negociações em Doha.
Nesta quinta (16), após o adiamento da reunião em Israel, uma autoridade do Hamas afirmou que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
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