Ministra afirmou ainda que manter a taxa Selic em 15% é “prejudicial ao Brasil” Política, -agencia-cnn-, Banco Central (BC), Copom, Gabriel Galípolo, Gleisi Hoffmann CNN Brasil
A ministra Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais, afirmou nesta quinta-feira (6), através das redes sociais, que a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) em manter a taxa Selic em 15% é “descasada da realidade”.
“A decisão do Copom de manter pela terceira de vez a taxa Selic em 15% é prejudicial aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas. É prejudicial ao Brasil”, escreveu Gleisi no X.
“Nenhuma economia do mundo pode conviver com um juros reais de 10%. Nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos, das necessidades do país”, finalizou a ministra, que mantêm um histórico de críticas ao Copom.
Decisão unânime
Por unanimidade, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano na noite da última quarta-feira (5). Esta foi terceira manutenção consecutiva desde que autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário, em julho.
Com a decisão, a taxa permanece no nível mais elevado desde 2006, em linha com as expectativas do mercado financeiro. Esta foi a penúltima reunião do Copom em 2025 — o último encontro está marcado para os dias 9 e 10 de dezembro.
No comunicado divulgado após a reunião, o comitê não indicou quando poderá iniciar o processo de redução dos juros, destacando que o ambiente econômico segue incerto e requer “cautela na condução da política monetária”. O órgão voltou a mencionar a necessidade de manter os juros elevados “por período bastante prolongado” para garantir a convergência da inflação à meta.
“O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, afirma o texto.
