Os Estados Unidos diminuíram nesta sexta-feira (14/11) as taxas sobre alguns dos produtos agrícolas que estavam incluídos no tarifaço de Donald Trump, incluindo itens que são exportados pelo Brasil.
O presidente americano emitiu uma ordem executiva retirando a taxa de importação extra sobre, entre outros, café, chá, sucos e frutas tropicais, cacau, especiarias, banana, laranja, tomate, carne e uma lista adicional de fertilizantes.
A administração afirmou que a medida é resultado do avanço em acordos comerciais com diversos países e faz parte de um projeto de fortalecer a economia e a segurança nacional através de taxas e acordos.
“A decisão de hoje dá seguimento ao progresso significativo alcançado pelo Presidente na garantia de termos mais recíprocos para as nossas relações comerciais bilaterais”, afirma o comunicado da Casa Branca.
“Os acordos do Presidente Trump tiveram e continuarão a ter amplos impactos na produção nacional e na economia como um todo, incluindo um maior acesso ao mercado para os nossos exportadores agrícolas”, diz o comunicado.
O Brasil havia inicialmente escapado das tarifas americanas de abril, ficando com uma taxa mais baixa de 10%. Mas em julho Trump anunciou o aumento para 50% de imposto para produtos brasileiros, afirmando que atos do Judiciário e do Executivo brasileiro estariam prejudicando empresas americanas, violando a liberdade de expressão de cidadãos dos EUA.
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Ainda não está claro se a redução vale para os 50%. A leitura inicial, de fontes do Itamaraty ouvidas pela analista de internacional do JOTA, Vivian Oswald, é a de que retiraria os 10% e permaneceriam os 40%.
Alguns produtos, como suco de laranja e peças de aviação, entraram em uma lista de exceções já no início das tarifas.
O episódio criou uma crise diplomática entre os países e afetou produtores brasileiros. Desde então, o governo Lula vem tentando negociar com o governo americano.

