Segundo a Polícia Civil, Simone Saturnino é ligada ao PGC (Primeiro Grupo Catarinense) por meio do ex-marido, Rodrigo Saturnino, conhecido como “Rodrigo da Pedra” e apontado como líder da organização criminosa Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Facção criminosa, Santa Catarina CNN Brasil
A mulher, identificada como Simone Saturnino, presa pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro após semanas de monitoramento, teria ligação com a facção catarinense PGC (Primeiro Grupo Catarinense) — rival do PCC — e era considerada como foragida pela Justiça de Santa Catarina.
Segundo investigadores da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), Simone tem um histórico de conexão com a organização criminosa por meio do ex-marido, Rodrigo Saturnino.
O homem é conhecido como “Rodrigo da Pedra” e apontado como um dos líderes da facção. Ele é uma figura conhecida no Morro do Horácio, em Florianópolis (SC).
O PGC tem como peculiaridade alianças com outras facções como o CV (Comando Vermelho) e a FDN (Família do Norte), além de ser uma espécie de rival do PCC (Primeiro Comando da Capital). A disputa seria pelo controle do tráfico de drogas em regiões específicas.
Entenda o que é o PGC e as semelhanças da facção com o PCC
Ordens de ataques em SC e possível participação de irmão
As investigações indicam que, em 2013, a mulher teria participado da disseminação de ordens relacionadas a uma série de ataques ocorridos em Santa Catarina, incluindo incêndios de ônibus, veículos e bens vinculados à segurança pública.
As ações teriam contado com a participação do próprio irmão, Maycon Saturnino, conhecido como “Maycon do Horácio”.
Presa após semanas de monitoramento
Após semanas de monitoramento, Simone Saturnino foi presa pela PCERJ (Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), no dia 19 de novembro. Ela foi localizada no município de Mesquita, na Baixada Fluminense (RJ), onde estava escondida.
Contra Simone, havia dois mandados de prisão em aberto. Um deles era por associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa. Já o outro, por organização criminosa e homicídio qualificado. No Rio de Janeiro, ela também responde por acusações de difamação e apropriação indébita.
Segundo a PCERJ, após ser presa, Saturnino foi encaminhada às autoridades competentes, onde permanece à disposição da Justiça.
O que diz a defesa de Saturnino
Veja nota da defesa de Simone:
A defesa de Simone Saturnino, representada pela advogada Milene Pasquali, vem a público prestar esclarecimentos diante das informações recentemente divulgadas pela imprensa.
Em sede recursal, a Procuradoria de Justiça de Santa Catarina reconheceu de forma expressa a quebra da cadeia de custódia da prova que fundamenta a ação penal. Tal irregularidade, apontada desde o início pela defesa, compromete de forma insanável a higidez do material probatório utilizado para justificar a decisão de pronúncia. Ainda assim, a Justiça catarinense optou por manter a decisão, motivo pelo qual estão sendo manejados todos os recursos cabíveis, com plena confiança de que as instâncias superiores promoverão a correção necessária.
Simone Saturnino reitera sua absoluta inocência, esclarecendo que não responde pelos fatos em conjunto com o Sr. Maycon, sendo totalmente equivocadas e desprovidas de base jurídica as narrativas que tentam estabelecer qualquer vínculo ou corresponsabilidade entre ambos. Não existe, nos autos, qualquer elemento que sustente tal associação, tratando-se de interpretação distorcida que não reflete a realidade processual.
Importa destacar que Simone sempre compareceu a todos os atos para os quais foi intimada, mantém conduta colaborativa e respeitosa perante o Poder Judiciário e jamais se furtou ao esclarecimento dos fatos, demonstrando transparência e confiança no curso regular do processo.
A defesa reforça seu compromisso com o devido processo legal, a presunção de inocência e a necessária observância da cadeia de custódia, circunstância que agrava de forma substancial a fragilidade da acusação.
Por fim, reafirma-se que toda e qualquer extrapolação, julgamento antecipado ou narrativa sensacionalista além dos limites da informação responsável será oportunamente enfrentada nos meios jurídicos adequados.
Florianópolis, 20 de novembro de 2025.

