A Ponte Juscelino Kubitschek, um dos principais símbolos arquitetônicos de Brasília e cartão-postal da capital, passará por uma manutenção emergencial. Localizada sobre o Lago Paranoá, a estrutura conecta o Lago Sul ao Plano Piloto e receberá serviços de pintura e tratamento anticorrosivo.
O contrato, assinado em 27 de novembro pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), prevê investimento de aproximadamente R$ 2,4 milhões e prazo de 150 dias corridos. A execução ficará a cargo da empresa Civil Engenharia Ltda., e o início das atividades depende apenas da emissão da ordem de serviço.
Atualmente, a ponte apresenta sinais de desgaste, como pintura desbotada, pichações e áreas corroídas. “A Ponte JK faz parte da identidade de Brasília e não pode transmitir a imagem de abandono. Esta intervenção devolve dignidade visual a uma das estruturas mais fotografadas da cidade”, afirma Carlos Alberto Spies, diretor de Planejamento e Projetos da Novacap.
Técnica de pintura
A obra utilizará a técnica airless, que aplica a tinta em alta pressão sem uso de ar comprimido. O método garante maior rapidez, uniformidade e menor desperdício.
Antes da pintura, será feita a limpeza das superfícies com hidrojateamento de baixa pressão, capaz de remover sujeira, fuligem e materiais orgânicos sem danificar a tinta existente ou poluir o Lago Paranoá. Em seguida, haverá tratamento anticorrosivo e recuperação de pontos específicos, como arcos metálicos, tabuleiro, pilares e passagens de pedestres.
Para alcançar os pontos mais altos, como os arcos, serão utilizadas plataformas elevatórias articuladas do tipo tesoura, assegurando a segurança dos trabalhadores. “Todo o método foi pensado para preservar a estrutura, reduzir o impacto ambiental e garantir segurança operacional. É uma intervenção estética, mas com critérios técnicos rigorosos”, explica Spies.
Impacto esperado
Além de recuperar a aparência da ponte e valorizar o ponto turístico, a obra pretende estimular o turismo, reforçar a sensação de segurança pública e preservar o patrimônio arquitetônico da cidade.
Segundo a Novacap, essa intervenção faz parte de um projeto maior de recuperação estrutural, previsto para os próximos anos. “A pintura é uma resposta rápida a uma demanda muito visível da população, enquanto preparamos a grande obra de recuperação estrutural, que exige estudos mais complexos e maior prazo de execução”, complementa Spies.
Durante os trabalhos, poderão ocorrer interdições parciais em algumas faixas para instalação de andaimes. A possibilidade de bloqueios temporários completos ainda está em avaliação.
