Dados do PIB do terceiro trimestre mostram desaceleração ordenada da economia, especialmente nos setores de serviços e consumo das famílias, sinaliza economista Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, CNN Brasil Money, Juros, PIB (Produto Interno Bruto) CNN Brasil
A economia brasileira apresentou sinais claros de desaceleração no terceiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em entrevista ao CNN Money, Marcela Kawauti, economista-chefe da Lifetime Investimentos, avaliou que os dados indicam uma desaceleração ordenada da economia, especialmente nos setores mais sensíveis à política de juros.
Para ela, o resultado reforça expectativa de afrouxo monetário pelo BC (Banco Central) já no primeiro trimestre de 2026.
“O relatório do PIB, não só pelo número que a gente viu, mas também por conta das aberturas, indica que esse conforto do Banco Central pode estar ali chegando e pode acontecer no primeiro trimestre do ano que vem”, disse.
“Quando a gente olha os setores que respondem à política monetária, e aí eu quero destacar o setor de serviços pelo lado da oferta e o consumo das famílias pelo lado da demanda, esses setores mostraram uma desaceleração bastante importante”, explicou.
Desaceleração ordenada beneficia controle inflacionário
Segundo a economista, essa trajetória de desaquecimento da demanda é justamente o que o BC (Banco Central) necessita para que a inflação de serviços comece a convergir para a meta estabelecida.
A especialista ainda comentou a aparente contradição entre a desaceleração econômica e o forte desempenho do mercado de trabalho, que registrou taxas de desemprego em mínimas históricas nas últimas leituras do IBGE.
“A gente precisa olhar o filme além da foto. O que a gente tinha no setor de serviços? Crescimentos acima de 1%”.
Segundo ela, tanto o setor de serviços quanto o consumo das famílias vinham crescendo de forma acelerada e agora estão chegando a um platô. A massa salarial também apresentou sinais de moderação, contribuindo para explicar essa desaceleração.
“A massa salarial chegou a crescer 5%, 6% no passado. No último dado que a gente tem, a massa salarial cresceu 4%”, detalhou a economista.
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