Ainda existem incertezas, já que o governo chinês, até o momento, não aprovou a compra do H200 Macroeconomia, China, CNN Brasil Money, Nvidia CNN Brasil
A Nvidia informou a clientes chineses que está avaliando a possibilidade de aumentar a capacidade de produção de chips de IA H200, após os pedidos terem excedido o nível de produção atual, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto.
A medida surge depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado na terça-feira (9) que o governo norte-americano permitiria à Nvidia exportar os processadores H200, os seus segundos chips de IA mais rápidos, para a China, cobrando uma taxa de 25% sobre essas vendas.
A demanda pelo chip por parte de empresas chinesas é tão forte que a Nvidia está considerando expandir a capacidade produtiva, afirmou uma das fontes. Elas pediram para não serem identificadas, pois as discussões são privadas.
A Nvidia não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.
Grandes empresas chinesas, incluindo o Alibaba e a ByteDance, já entraram em contato com a Nvidia esta semana sobre a compra do H200 e estão interessadas em fazer grandes encomendas, informou a Reuters na quarta-feira (10).
No entanto, ainda existem incertezas, já que o governo chinês ainda não aprovou a compra do H200. Autoridades chinesas realizaram reuniões de emergência na quarta-feira (10) para discutir o assunto e decidirão se permitirão ou não o embarque para a China, relataram uma das duas fontes e uma terceira fonte.
A Reuters informou na quarta (10) que quantidades muito limitadas de chips H200 estão atualmente em produção, visto que a líder norte-americana em chips de IA está focada na produção das linhas Blackwell, as mais avançadas, e da futura linha Rubin.
Indústria chinesa
O fornecimento de chips H200 tem sido uma grande preocupação para os clientes chineses, que entraram em contato com a Nvidia em busca de esclarecimentos sobre o assunto, comentaram fontes.
Como parte do briefing fornecido pela Nvidia, a empresa também deu orientações sobre os níveis atuais de fornecimento, compartilhou uma das duas primeiras pessoas, sem fornecer um número específico.
O H200 entrou em implantação em massa no ano passado e é o chip de IA mais rápido da geração anterior Hopper da Nvidia. O chip é fabricado pela TSMC utilizando a tecnologia de processo de fabricação de 4nm da empresa taiwanesa.
A TSMC e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China (MIIT) não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
A forte demanda das empresas chinesas pelo H200 decorre do fato de ser, de longe, o chip mais poderoso que elas têm disponível atualmente.
É cerca de seis vezes mais potente que o H20, um chip da Nvidia com especificações inferiores, desenvolvido para o mercado chinês e lançado no final de 2023.
A decisão de Trump sobre o H200 ocorre em um momento em que a China está empenhada em promover a própria indústria nacional de chips de IA. Como as empresas chinesas de chips ainda não produziram produtos que se comparem ao H200, há preocupações de que permitir a entrada do H200 na China possa prejudicar o setor.
“O desempenho computacional (do H200) é aproximadamente 2 a 3 vezes maior que o dos aceleradores mais avançados produzidos internamente”, disse Nori Chiou, diretor de investimentos da White Oak Capital Partners.
“Já estou observando muitos provedores de serviços em nuvem (CSPs) e clientes corporativos fazendo grandes encomendas de forma agressiva e pressionando o governo para que flexibilize as restrições sob certas condições”, afirmou ele, acrescentando que a demanda chinesa por IA excede a capacidade de produção local.
Durante as reuniões de emergência, surgiu uma proposta para exigir que cada compra do H200 fosse acompanhada de uma determinada proporção de chips nacionais, de acordo com uma das duas primeiras fontes e uma terceira fonte.
Para a Nvidia, adicionar nova capacidade também é um desafio em um momento em que ela não só está em transição para o Rubin, mas também competindo com empresas como a Alphabet, proprietária do Google, pela limitada capacidade de fabricação de chips avançados da TSMC.

