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Fernando de Noronha inicia transição energética para reduzir emissões até 2030

Última atualização: 17 de dezembro de 2025 14:23
Published 17 de dezembro de 2025
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Mais do que um destino paradisíaco, Fernando de Noronha (PE) começa a organizar uma transição energética que pretende retirar, aos poucos, os combustíveis fósseis da rotina da ilha. A medida, que visa tornar o local livre da emissão de gás carbônico (CO²), envolve novas formas de gerar e armazenar energia, ajustes na mobilidade e impactos diretos sobre moradores, serviços e turismo. Em um território isolado, onde cada mudança exige logística precisa, esse processo de descarbonização indica que Noronha pode se tornar um laboratório de soluções que interessam ao Brasil inteiro.

A proposta apresentada pela Neoenergia ao Ministério de Minas e Energia (MME) prevê uma usina solar de 22 megawatts pico e um sistema de armazenamento de 49,1 megawatts-hora. O investimento estimado é de R$ 337 milhões, financiados integralmente pela própria concessionária. Nesse arranjo, não há repasse de recursos públicos, porque a responsabilidade pelos aportes recai sobre a distribuidora, que vê valor estratégico no projeto e assume o risco financeiro da implantação.

Ao todo, o empreendimento prevê a instalação de mais de 30 mil painéis solares fotovoltaicos integrados a sistemas de armazenamento em baterias. A estrutura ocupará 24,63 hectares, o equivalente a cerca de 1,5% da área total de Fernando de Noronha. Os terrenos foram cedidos pela Aeronáutica e pela administração da ilha, que é gerida pelo governo de Pernambuco.

De acordo com o MME, o projeto avança em duas etapas. A primeira deve começar em 2027 e preparar o terreno para a instalação de uma usina solar associada a baterias, prevista para estar totalmente operacional em 2030. Quando isso acontecer, a ilha poderá cortar cerca de 8,6 milhões de litros de diesel por ano, volume atualmente consumido pela termelétrica que abastece Noronha. A usina a óleo seguirá existindo, mas apenas como reserva estratégica.

“A solução adotada em Noronha é considerada pelo MME como um marco na transição energética brasileira, por ser uma proposta de substituição da matriz de suprimento da demanda de energia de um sistema isolado atendido majoritariamente por geração térmica para um sistema híbrido de geração solar fotovoltaico com baterias de armazenamento, mantendo a usina térmica como reserva estratégica”, conta, em nota, o ministério.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, o projeto é um “um passo rumo ao futuro”. “Além de reforçar o compromisso com a sustentabilidade, é também um investimento estratégico em infraestrutura, ampliando a capacidade energética e fortalecendo as bases para o futuro crescimento turístico da ilha”, disse, à época do lançamento do projeto.

A execução envolve uma engrenagem de vários níveis. O MME define o marco regulatório e as diretrizes gerais, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acompanha a implantação e fiscaliza a concessionária, o governo de Pernambuco conduz os processos de licenciamento e autorizações, e a Neoenergia assume os investimentos e a operação das novas estruturas de geração renovável. 

O arranjo mostra que a transição energética da ilha depende da capacidade de coordenação entre Brasília, Recife e o setor privado. “Após a conclusão das obras do projeto Noronha Verde é importante avaliar as dificuldades e desafios surgidos na implantação e regulamentação da solução adotada para internalizar e aprimorar as ações para o caso de novos projetos com particularidades similares”, afirma em nota o MME.

“Deverá ser importante também o acompanhamento do comportamento da demanda de energia na ilha, das cargas e perfil de consumo para observar a manutenção da adequabilidade de solução para atendimento das necessidades elétricas, aliado à manutenção de soluções de eficiência energética fundamentais para redução da necessidade de grandes ampliações”, completa o órgão.

Ainda não há definição sobre como será feito o monitoramento público das emissões e do desempenho energético da ilha após 2030, mas técnicos defendem a criação de indicadores claros e uma governança permanente para acompanhar o funcionamento da usina solar, das baterias e das metas de neutralização.

Noronha Verde é exemplo para o Brasil

Para John Wurdig, gerente de Transição Energética do Instituto Internacional Arayara, uma organização da sociedade civil (OSC) com atuação sobre matrizes energéticas, o projeto Noronha Verde é um ótimo indicador para uma real redução dos gases de efeito estufa da ilha. “A descarbonização de Fernando de Noronha é considerada muito importante, especialmente por se tratar de uma ilha, um paraíso natural e uma unidade de conservação com grande representatividade da diversidade biológica marinha”, diz.

De acordo com Wurdig, o projeto de geração de energia limpa e a possibilidade de armazenamento é exemplo para as políticas públicas a serem adotadas em todo o país. Além de Noronha, o Brasil possui dezenas de sistemas isolados, principalmente na Amazônia, que dependem de termelétricas a óleo e têm tarifas elevadas e forte impacto ambiental. 

Portanto, a solução testada na ilha, caso funcione, pode servir como referência para comunidades remotas e municípios não interligados ao Sistema Interligado Nacional, onde o custo da energia é mais alto e a emissão por quilowatt-hora é maior do que a média nacional.

“O Brasil precisa avançar rapidamente na capacidade de armazenar energia para operar um sistema mais eficiente. Em Noronha, por exemplo, quando chega a noite e a produção solar cai a zero, é o armazenamento que permitirá aproveitar o excedente gerado durante o dia e garantir estabilidade no abastecimento”, afirma.

Para um resultado ainda mais robusto, é necessário, de acordo com o especialista, que o governo e a iniciativa privada ampliem a descarbonização para todos os setores econômicos que atuam em Fernando de Noronha. 

Como o turismo responde por boa parte da demanda energética e da geração de resíduos da ilha, qualquer estratégia de descarbonização dependerá de integrar empresas, pousadas, embarcações e operadores turísticos às metas ambientais. Esse ponto é considerado sensível pelos pesquisadores, já que o fluxo de visitantes tende a crescer.

“É importante saber, por exemplo, se está entrando o cálculo das emissões dos turistas, com a pegada de carbono deles, e também as emissões dos aviões, porque são muitos voos diários chegando à ilha. Ainda tem a questão do transporte urbano, que precisa melhorar. Na última vez em que estive na ilha, no ano passado, os ônibus a diesel ainda faziam o transporte, e a gente precisaria ter também uma eletrificação desse sistema”, afirma.

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