Lucas Setubal Guerra (foto em destaque), 34 anos, o “trambiqueiro” que enganou mais de 14 fãs da cantora Anitta que queriam assistir ao show da cantora em Brasília no último domingo (19/1), contou uma série de mentiras para enganar amigos próximos e conhecidos. Um grupo de pelo menos 14 moradores de Anápolis (GO), Goiânia (GO), Pirenópolis (GO) e do Distrito Federal foi vítima do golpista.
Áudios obtidos pelo Metrópoles detalham a série de mentiras contadas pelo suposto produtor de eventos.
Ingressos para o camarote com direito a open bar, pulseiras com acesso ao camarim da cantora, uma suposta amizade com uma produtora do fã-clube da artista e até mesmo possíveis fotos com Anitta estavam entre as promessas do golpista.
Ouça:
Entenda o caso:
- Um grupo de 14 fãs da cantora Anitta, moradores de Anápolis (GO), Goiânia (GO), Pirenópolis (GO) e do Distrito Federal, pagou de R$ 200 a R$ 900 pelos ingressos do camarote, com direito a transporte até o local do show em Brasília;
- As vítimas eram amigos e conhecidos do golpista, identificado Lucas Setubal Guerra, 34 anos;
- Lucas se aproveitou da própria reputação entre fãs-clubes de artistas nas redes sociais, de fotos tiradas com outras cantoras e da suposta amizade com a produtora do QG da Anitta – página de fãs nas mídias sociais administrada pela equipe da cantora – para conseguir credibilidade e fazer a proposta ao grupo.
- No dia do show, Lucas teria marcado diferentes pontos de encontro com cada um dos integrantes do grupo, ao dizer que uma van os buscaria. Depois de horas de espera, o transporte nunca chegou, e todas as ligações para Lucas caíam diretamente na caixa postal;
- Desde o último domingo (19/1), boletins de ocorrência foram registrados em Goiânia, Anápolis e Pirenópolis;
- Ao Metrópoles o delegado-chefe do 4º Distrito Policial de Anápolis, Carlos Silveira, afirmou que o caso será investigado.
Traição
Segundo as vítimas ouvidas pela reportagem, os fãs enganados por Lucas não eram desconhecidos, mas sim conhecidos e amigos de longa data do trambiqueiro.
O recepcionista Bruno Ribeiro, 21 anos, por exemplo, era vizinho de porta e amigo há cinco anos do golpista. “As pessoas em quem ele aplicou o golpe estavam no ciclo de amizades dele há dois, quatro, até cinco anos”, contou.
“Eu tinha anos de amizade com ele. O povo está falando que nós caímos no golpe muito fácil. E, realmente, o valor que ele passou era de se duvidar para um open bar. Mas quem não ia confiar em uma pessoa que se disse seu amigo há anos?”, questionou Bruno.
Veja fotos do golpista:
