Governador voltou a criticar a ADPF das Favelas e declarou que “está ficando difícil fazer segurança pública” no Estado
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Polícias do Rio estão sobrecarregadas”, diz Cláudio Castro no site CNN Brasil. Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Cláudio Castro, Segurança Pública CNN Brasil
Ao ser questionado sobre os recentes casos de violência no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) declarou, nesta terça-feira (28), que as polícias do estado estão sobrecarregadas.
“Estamos investindo em tecnologia, inteligência, mas temos uma lei em que você prende o sujeito 30, 40 vezes, onde tem um traficante preso com um fuzil na mão, e em 8, 10 meses ele está na rua. Hoje, há outra falha enorme do governo federal na questão da lavagem de dinheiro, isso está acontecendo por dentro do sistema financeiro nacional. Se cada ente não fizer a sua parte, um vai ficar sobrecarregado”, afirmou Castro.
Segundo o governador, já foram investidos R$ 3 bilhões na área de segurança pública desde o começo do seu governo.
Castro voltou a criticar a “ADPF das Favelas”, medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que cria protocolos e restrições para operações em comunidades, e o decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública que cria regras para o uso das forças policiais em todo país.
“As facções estão se enfrentando, umas estão matando as outras, enquanto a letalidade policial diminui. Isso mostra que somando com a ADPF e essas decisões, está ficando difícil fazer segurança pública”, declarou o governador.
Castro participou nesta terça-feira (28) de um jantar promovido pela bancada de parlamentares fluminenses com o candidato à presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito na disputa. O governador aproveitou o encontro para pedir apoio em projetos na área de segurança pública.
“A gente precisa acabar com o prende e solta. São pautas que pra gente são fundamentais e que a gente vai conversar muito com o Hugo Motta”, disse Castro.
Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado mostrou que que pelo menos 24 pessoas foram vítimas de balas perdidas na região metropolitana no início deste ano. Entre as vítimas, sete pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas até a última segunda-feira (27).
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