Para um SUV de sete lugares com 4,77 m de comprimento, quanto mais força, melhor. Na sequência de outros carros da Stellantis, o Jeep Commander 2025 também passa a ser equipado com o novo motor 2.2 Multijet turbodiesel com 200 cv e 45,9 kgfm, junto com algumas outras modificações técnicas. O detalhe é que este passa a ser o último Jeep a diesel do Brasil.
Depois do Jeep Renegade, em 2022, o Jeep Compass perdeu a opção de motor a diesel nesta virada de ano. Na verdade, o Jeep Commander Overland 2.2 TD é a última opção que resta para quem faz questão de um SUV a diesel entre todas as marcas da Stellantis. Inclusive, se antes a designação do motor era “TD380”, agora é mais simples: 2.2 turbodiesel.
Na troca do antigo motor 2.0 Multijet, que no Commander rendia 170 cv e 38,8 kgfm (contra 35,7 kgfm nos outros Jeep), o preço aumentou R$ 4.000. Agora Commander Overland 2.2 custa R$ 309.990. Esta mesma versão custa R$ 276.990 com o motor 1.3 turbo flex (176 cv e 27,5 kgfm) e R$ 318.990 com o motor 2.0 Hurricane a gasolina.
Preços e versões do Jeep Commander 2025:
- Jeep Commander Longitude T270: R$ 227.990
- Jeep Commander Limited T270: R$ 253.990
- Jeep Commander Overland T270: R$ 276.990
- Jeep Commander Overland TD380 4X4: R$ 309.990
- Jeep Commander Overland Hurricane 4×4: R$ 318.990
- Jeep Commander Blackhawk Hurricane 4×4: R$ 335.990
Olhos atentos para identificar quem é quem: versão 1.3 não é 4×4 e não tem este emblema e quando usa o motor Hurricane há duas saídas de escape traseiras. Contudo não existe qualquer logotipo que identifique o motor diesel. Agora, até mesmo as rodas aro 19 são as mesmas, com acabamento escurecido em vez de ser diamantada.
O conteúdo do Commander Overland 2.2 não muda. Permanece com o interior marrom com couro nos bancos, volante e console e suede no painel, além do teto solar panorâmico, sistema de som premium Harman Kardon, bancos dianteiros elétricos com memória para o motorista, porta-malas com sensor de presença e tomada de 127 V, além do quadro de instrumentos de 10,25” e da central de 10,1”.
A lista de equipamentos de segurança contempla sete airbags, alerta de colisão com frenagem automática, detector de ponto cego, assistente de permanência em faixa, alerta de mudança de faixa, detector de fadiga do motorista, reconhecimento de placas de velocidade, farol alto automático e park assist.
Os efeitos do motor mais potente
A novidade é, mesmo, o novo motor. Mas isso representa uma boa mudança para o SUV de sete lugares. O motor 2.2 turbodiesel é da mesma família Pratola Serra, e também é importado da Itália. Além dos 30 cv e 7,1 kgfm extras, este motor já está preparado para as normas do Proconve L8.
A Jeep garante que o uso do motor maior não tem a ver com as exigências de emissões. Com as necessárias alterações nos sistemas de recirculação de gases duplo e novo escape, mantendo pós-tratamento com Arla 32, já aproveitaram para fazer isso com o motor novo. Como o antigo 2.0, o novo tem coletor de admissão variável, turbina de geometria variável e bomba de óleo variável.
Os 200 cv a 3.500 rpm e os 45,9 kgfm a 1.500 rpm colocam o Jeep Commander mais próximo do patamar de potência dos SUVs grandes a diesel, com chassi de longarinas (o Commander é monobloco). Os novos discos de freios vieram da Rampage.
A força extra sempre é bem vinda e para lidar melhor com isso, todos os carros com o motor 2.2 TD têm as relações de marcha alongadas em 14% por meio da relação diferencial final. O resultado é que, mesmo nas aferições do Inmetro, o consumo urbano foi mantido em 10,3 km/l e o consumo rodoviário melhorou de 12,9 para 13,4 km/l.
Ao volante, o motor 2.2 também agrada mais. O motor parece trabalhar com mais folga, sem precisar crescer tanto o giro para entregar a força necessária ou para mudar as marchas. O câmbio proporcionaria isso, de fato, mas o convívio com o câmbio de nove marchas nesse primeiro contato pareceu mais agradável.
Mesmo com essa nova relação, o Commander ficou quase 2 s mais rápido na aceleração de 0 a 100 km/h com uma melhora dos antigos 11,6 s para 9,7 s. É praticamente o mesmo tempo da versão flex, que faz 9,5 s com etanol e 10,4 s com gasolina, mas com quase 20 kgfm a mais. Aliás, o motor diesel é o mais forte disponível para o Commander.
O público deste novo Jeep Commander Overland 2.2 será, certamente, de pessoas que gostam de um motor a diesel. Estes certamente notarão que até o barulho do motor em funcionamento está mais próximo das picapes médias e está mais encorpado. Mas, podem ficar tranquilos: o ruído na cabine mudou muito pouco.
Ficha técnica – Jeep Commander Overland 2.2 turbodiesel
Motor: diesel, 2.184 cm³, turbo, 200 cv a 3.500 rpm, 45,9 kgfm a 1.500 rpm
Câmbio: automático, 9 marchas, tração integral
Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
Freios: discos ventilados nas quatro rodas
Pneus: 235/50 R19
Dimensões: comprimento, 476,9 cm; largura, 185,9 cm; altura, 172,5 cm; entre-eixos, 279,4 cm; porta-malas, 1760 l (2p), 661 l (5p), 233 l (7p) ; peso, 1.943 kg, tanque de combustível, 61 Desempenho: 0 a 100 km/h: 9,7 s; consumo urbano, 10,3 km/l; consumo rodoviário, 13,4 km/l – dados de fábrica
