Além da droga ilícita, cafeína, antibióticos e analgésicos também foram encontradas nas amostras de água
Este conteúdo foi originalmente publicado em Concentração de cocaína em lagoa de SC está entre maiores do mundo no site CNN Brasil. Santa Catarina, -agencia-cnn-, Cocaína, Florianópolis, Meio ambiente CNN Brasil
Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou 35 contaminantes em amostras coletadas na Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC). Entre as substâncias encontradas estão cafeína, antibióticos, analgésicos e cocaína.
“Esse é um resíduo comum na América Latina, mas essa quantidade foi bastante expressiva. As concentrações estão entre as mais altas reportadas no mundo”, afirma Silvani Verruck, do departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSC, que liderou o estudo.
A pesquisa também detectou metabólitos de drogas ilícitas, como a benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína, além da própria cocaína em amostras de água, sedimentos e biota na Lagoa da Conceição. Os dados estão publicados na revista Science of the Total Environment.
Essas substâncias da cocaína foram observadas em 63% das amostras analisadas, sugerindo uma presença significativa e consistente no ambiente, segundo o estudo.
Os autores também relataram a presença desses compostos em águas costeiras do Brasil, incluindo em tubarões na costa brasileira.
A cafeína foi o elemento em maior concentração encontrado, seguido pela ciprofloxacina, antibiótico utilizado em infecções causadas por bactérias. A clindamicina, outro antibiótico, e o diclofenaco também foram detectados. “Estamos sendo expostos a várias moléculas. É um desafio entender o que, no longo prazo, elas podem acarretar à nossa saúde”, comenta Silvani.
Os pesquisadores afirmam que devem publicar um novo estudo com os detalhes das quantidades de drogas ilícitas encontradas na lagoa.
A CNN procurou a prefeitura de Florianópolis e aguarda retorno.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Concentração de cocaína em lagoa de SC está entre maiores do mundo no site CNN Brasil.
