Em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira (24), o vice-ministro das Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov informou as intenções do país
Este conteúdo foi originalmente publicado em Rússia quer um acordo de paz de longo prazo, não um cessar-fogo rápido no site CNN Brasil. Internacional, Donald Trump, Guerra da Ucrânia, Rússia, Ucrânia CNN Brasil
A Rússia quer um acordo de paz de longo prazo sobre a Ucrânia que aborde o que considera as causas raiz do conflito e não um rápido cessar-fogo apoiado pelos EUA seguido por um rápido reinício dos combates, disse um diplomata russo sênior à agência de notícias RIA.
Em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira (24), no terceiro aniversário da invasão russa na Ucrânia, o vice-ministro das Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov disse que Moscou estava atrás de um acordo com a Ucrânia que resistisse ao teste do tempo.
“Podemos reconhecer com confiança suficiente o desejo do lado americano de avançar em direção a um rápido cessar-fogo“, disse Ryabkov, citado pela RIA.
“Mas… um cessar-fogo sem um acordo de longo prazo é o caminho para uma rápida retomada dos combates e uma retomada do conflito com consequências ainda mais sérias, incluindo consequências para as relações russo-americanas. Não queremos isso”, acrescentou.
“Precisamos encontrar uma solução de longo prazo, que, por sua vez, deve necessariamente incluir um elemento de superação das causas raiz do que vem acontecendo na Ucrânia e ao redor dela”, afirmou o vice-ministro.
As negociações realizadas em Riad na semana passada, onde Moscou disse ter concordado em trabalhar na restauração dos laços bilaterais e na preparação para as negociações com a Ucrânia, não ofereceram maior clareza sobre o plano de paz do presidente Donald Trump para a Ucrânia, disse Ryabkov.
Ele repetiu a posição de Moscou de que não tinha escolha a não ser lançar o que chama de “operação militar especial” na Ucrânia – algo que a Ucrânia e o Ocidente chamam de uma guerra de conquista brutal no estilo colonial, devido ao que ele disse ser a expansão “irrestrita” da aliança da OTAN para o leste.
Ele também reclamou do que chamou de atropelamento dos direitos dos fluentes em russo na Ucrânia, repetindo uma alegação que Kiev nega.
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