A Frente Parlamentar da Agropecuária voltou a criticar medas apresentadas pelo governo para conter a alta dos preços dos alimentos
Este conteúdo foi originalmente publicado em Gostaríamos que o governo nos levasse a sério, diz presidente da FPA no site CNN Brasil. Política, Alimentos, aumento dos preços, Pedro Lupion (deputado federal) CNN Brasil
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR) afirmou nesta terça-feira (11), que gostaria que o governo federal “leve a sério” as propostas da frente para conter a alta no preço dos alimentos.
A FPA se reuniu nesta terça para debater as medidas anunciadas pelo governo para baratear os produtos da cesta básica. Após o encontro, em conversa com jornalistas, Lupion voltou a reiterar a opinião dos parlamentares, que consideram as medidas apresentadas pelo governo ineficazes.
“Queremos colaborar com isso, para reduzir o preço dos alimentos. Gostaríamos que a Casa Civil, ministério da Fazenda e Presidência da República, que receberam nossos ofícios, nos levem a sério”, disse Lupion nesta terça-feira.
A principal medida apresentada pelo governo para tentar conter a alta nos preços foi zerar a alíquota de importação de uma série de produtos, como carnes, café, açúcar, milho e azeite.
A frente aguenta que, com exceção do azeite, o Brasil já é um grande produtor e importa pouco desses alimentos.
Um dia após o anúncio, o grupo parlamentar afirmou que a solução mais eficiente para combater o encarecimento na alimentação seria o apoio à colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil.
Medidas governo
O governo federal anunciou, na última quinta-feira (6), uma série de medidas para tentar conter a alta no preço dos alimentos, que vem impactando diretamente a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as medidas, o governo anunciou que vai zerar a alíquota de importação de uma série de alimentos. São eles:
- Carne: com tarifa hoje de 10,8%;
- Café: atualmente em 9%;
- Açúcar: 14%;
- Milho: 7,2%;
- Oleo de girassol: 9%;
- Azeite de oliva: 9%;
- Sardinha: 32%;
- Biscoitos: 16,2%;
- Massas alimentícias: 14,4%.
O fim das alíquotas de importação sobre esses produtos ainda precisa ser aprovado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Além das isenções, foi anunciado o estímulo à produção de alimentos da cesta básica no Plano Safra e o fortalecimento dos estoques reguladores pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O governo busca ainda um acordo com os estados para redução do ICMS sobre produtos da cesta básica e firmou parceria com supermercadistas para divulgar os melhores preços ao consumidor.
Também será lançado o Selo Empresa Amiga do Consumidor, uma iniciativa para identificar e incentivar supermercados que praticam preços equilibrados na cesta básica.
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