Estado registrou um aumento nos casos de feminicídios entre 2024 e 2025, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI)
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O Piauí registrou um aumento nos casos de feminicídios entre 2024 e 2025, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI). De um total de 182 casos, ocorridos entre 2022 e 2025, foram 56 em 2024, um aumento de 32% em relação ao ano anterior. De acordo com os dados, 10% das vítimas possuíam medida protetiva, e 13% registraram boletim de ocorrência.
O delegado João Marcelo Brasileiro de Aguiar, gerente da Gerência de Análise Criminal e Estatística da SSP-PI, apresentou os dados em reunião na Defensoria Pública do Estado do Piauí, nessa terça-feira (1).
O objetivo do encontro foi discutir estratégias para coibir feminicídios e fortalecer a Rede de Proteção à Mulher. Os dados do DATASSP (Núcleo de Estudos Avançados em Segurança Pública) revelam a vulnerabilidade das vítimas.
Maioria das vítimas não possuía medida protetiva e não registrou B.O
Os dados apontam que, a cada 100 mulheres vítimas de feminicídio, apenas 10 possuíam medida protetiva. Além disso, 87,85% das vítimas não haviam registrado boletim de ocorrência antes do crime. A maioria dos feminicídios, cerca de 73%, ocorreu na residência da vítima, e em 68% dos casos o autor foi o companheiro ou ex-companheiro.
A SSP-PI destaca a importância da integração de dados com a Defensoria Pública e outros órgãos para prevenir novos casos. O delegado João Marcelo ressaltou a necessidade de garantir acesso às medidas de proteção.
“A ideia é fortalecer, através de inteligência e dados confiáveis, a atuação da Secretaria frente aos outros órgãos de proteção no estado. Precisamos garantir que essas mulheres tenham acesso rápido e eficaz às medidas de proteção e que os casos de violência sejam prevenidos antes de culminarem em tragédias irreversíveis”, ressaltou.
A reunião também discutiu a importância de ampliar as políticas públicas de proteção, como monitoramento eletrônico para agressores, aumento da fiscalização de medidas protetivas e fortalecimento das delegacias especializadas. O delegado defendeu a intensificação do compromisso de conscientização e o aprimoramento do sistema de monitoramento, para que mais mulheres em situação de risco possam denunciar e evitar a violência.
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