O assassinato a tiros de Esthella Heloisa Cardoso de Oliveira, 3 anos, durante uma festa de aniversário em Ceilândia, teria sido cometido por um adolescente de 15 anos, por volta das 23h20 de domingo (13/4). Além da criança, uma mulher e três homens foram baleados e levados para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
O suspeito teria sido contratado para cometer o crime no local, após uma discussão na festa. Ele foi achado em um quiosque da região – pouco depois do tiroteio e sob o balcão do bar – detido e levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 2, em Taguatinga.
Moradores da QNM 6, onde ocorreu o tiroteio, detalharam à reportagem que a festa de aniversário na quadra teve diversas atrações, inclusive um bingo, cantores e som automotivo na rua.
Incomodados com o barulho até tarde e com a bagunça durante o evento, vizinhos chegaram a acionar as forças de segurança, mas os policiais só teriam aparecido no local após o tiroteio.
Uma testemunha, que preferiu não se identificar por medo de ser perseguida, socorreu uma mulher suja de sangue após ouvir os disparos. “Ela bateu no portão da minha casa, pediu para entrar e se limpar. Estava bem assustada e disse que presenciou tudo”, relatou a entrevistada.
Veja imagens do local do crime:
Uma segunda testemunha detalhou que o atirador chegou ao local em uma bicicleta. “A festa estava para acabar. Haviam anunciado que terminaria às 22h. O crime aconteceu pouco depois disso, mas o som estava tão alto que não deu para ouvir os tiros. Só depois desligaram a música, e percebemos um corre-corre. Nesse momento, as vítimas estavam caídas no asfalto, e acionaram a polícia e os bombeiros”, relatou.
O que aconteceu
- Tiroteio ocorreu por volta das 23h20.
- Testemunhas disseram ter visto dois homens discutirem.
- Um deles teria saído da festa e contratado adolescente para executar rival.
- O alvo do mandante do crime seria o avô de Esthella Heloisa, 3 anos, que estava no colo dele.
- Armado, o adolescente chegou pouco depois e começou a atirar.
- Três homens e uma mulher foram baleados e levados ao hospital.
- Também baleada, Esthella Heloisa, não resistiu e morreu na hora.
- Após matar a menina, o adolescente escondeu a arma do crime debaixo da prateleira de um quiosque.
Para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que investiga o caso, não há dúvidas sobre a autoria dos disparos. A corporação acrescentou que, das demais vítimas, ainda em atendimento hospitalar, só uma não corre risco de morrer.