Diagnosticada com câncer, artista lutava contra a doença
Este conteúdo foi originalmente publicado em Quem foi Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque no site CNN Brasil. Entretenimento, #CNNPop, Chico Buarque, Cultura brasileira, MPB (Música Popular Brasileira) CNN Brasil
A cantora e compositora Cristina Buarque morreu neste domingo (20) aos 74 anos. Ao longo da carreira, que teve início no final dos anos 1960, a artista lançou discos que ajudaram a escrever a história do samba e da MPB (Música Popular Brasileira).
Natural de São Paulo, Maria Cristina Buarque de Holanda nasceu no dia 23 de dezembro de 1950. Filha caçula do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim, tinha seis irmãos, incluindo Chico Buarque e as cantoras Ana de Hollanda e Miúcha, que morreu em 2018.
A artista lançou mais de cinco discos durante sua trajetória dedicada à música. O primeiro, “Cristina”, foi em 1974. Nele, gravou composições de nomes conhecidos da música brasileira. Fazem parte do álbum “Tatuagem”, do próprio Chico em parceria com Ruy Guerra, “Quantas Lágrimas”, de Manacéa, “Ao Amanhecer”, de Cartola, “Isto Eu Não Faço Não”, de Tom Jobim, “Comprimido”, de Paulinho da Viola, entre outras canções.
Na lista também aparece “Prato e Faca”, de 1976. O disco, que conta com 12 faixas, traz canções compostas pela artista. Entre elas, “Sempre Teu Amor”, “Dei-Te Liberdade” e “Amar É um Prazer”. Na lista de trabalhos também estão os discos “Resgate”, de 1994, e “Ganha-se pouco, mas é Divertido”, de 2000.
Em 2007, ao lado do grupo de samba Terreiro Grande, lançou um dos seus últimos trabalhos: “Cristina Buarque e Terreiro Grande”.
Avessa aos holofotes, a informação da morte de Cristina foi divulgada por um de seus cinco filhos, Zeca Ferreira, nas redes sociais. “Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra […] Ser humano mais íntegro que já conheci. Vai em paz, mãe”, escreveu.
Silvia Buarque, filha de Chico, também lamentou a morte. “Minha tia Cristina, meu amor. Para sempre comigo”, escreveu a atriz.
O bar Bip Bip, reduto do samba em Copacabana, no Rio de Janeiro destacou o legado deixado pela artista. “Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba”.
Cristina Buarque lutava contra um câncer. A causa do óbito, no entanto, não foi divulgada pela família.
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