Novo acordo inclui um cronograma para a libertação de reféns israelenses, além de uma pausa no conflito por 60 dias Internacional, -transcricao-de-videos-, Faixa de Gaza, Fora da Ordem, Guerra de Israel, Israel, Palestina CNN Brasil
Uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza ganhou força com a pressão dos Estados Unidos nesta semana.
Segundo informações do presidente americano, Donald Trump, Israel teria aceitado a última proposta, enquanto o Hamas disse que deu uma resposta “positiva” à negociação.
O acordo inclui um cronograma para a libertação de reféns israelenses em troca da libertação de prisioneiros palestinos, além de um cessar-fogo inicial de 60 dias.
No entanto, o Hamas insiste na retirada das tropas israelenses do enclave e em um compromisso firme para o fim do conflito.
Intensificação dos ataques
Enquanto as negociações prosseguem, os ataques israelenses na Faixa de Gaza se intensificaram nas últimas horas.
Autoridades palestinas relatam que pelo menos 94 pessoas foram mortas na quinta-feira (3), incluindo mulheres e crianças, e outras 35 nesta sexta-feira (4), em uma das maiores ofensivas já realizadas por Israel na região.
Os ataques envolvem navios de guerra e artilharia, com relatos de mais de 100 mortes diárias nesta semana. A situação humanitária na Faixa de Gaza continua crítica, com a população enfrentando fome e destruição generalizada.
Cenário político em Israel
O analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna aponta que o momento político atual em Israel pode favorecer um acordo.
Netanyahu, que recuperou popularidade após os ataques ao Irã, pode ter mais margem para negociar com o Hamas sem ser derrubado por aliados mais linha-dura no governo.
Por outro lado, o Hamas também enfrenta pressão da população palestina, que está revoltada com a situação na Faixa de Gaza.
Há relatos de palestinos considerando ações legais contra o grupo pelo seu papel no conflito e nas consequências para a população civil.
A possibilidade de um acordo para o fim do conflito depende agora da política interna de Israel e da avaliação do Hamas sobre suas chances de sobrevivência após o conflito.