Fontes do governo federal analisam cenário a quatro dias do início das tarifas impostas por Donald Trump e observam crescente isolamento brasileiro Internacional, -transcricao-de-videos-, Comércio exterior, economia, Estados Unidos, Europa, Governo Lula CNN Brasil
O acordo comercial anunciado entre Estados Unidos e União Europeia adiciona uma nova camada de pressão sobre o Brasil, a apenas quatro dias do início da vigência das tarifas impostas por Donald Trump.
A avaliação é de fontes do governo federal, que observam o crescente isolamento brasileiro no cenário internacional.
A situação do Brasil se torna mais delicada à medida que os Estados Unidos conseguem estabelecer acordos com diversos parceiros comerciais.
Além da União Europeia, principal parceiro comercial dos Estados Unidos, acordos já foram firmados com Japão, Indonésia, Filipinas e Vietnã, com negociações em andamento também com China e Índia.
Novas sanções em perspectiva
O Brasil enfrenta não apenas tarifas de 50%, mas também a possibilidade de sanções adicionais.
Entre as medidas em estudo pela Casa Branca, está o congelamento de bens de autoridades brasileiras nos Estados Unidos e sanções secundárias que podem afetar instituições que mantenham negócios com pessoas já sancionadas.
Existe ainda a possibilidade de restrições de vistos para integrantes do alto escalão do governo brasileiro, embora Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janja e Geraldo Alckmin (PSB) devam ser poupados dessas medidas.
Impactos no setor aeronáutico
A Embraer, que vendeu 60 aviões em 2023 e mais 80 este ano para diferentes companhias aéreas americanas, pode ser afetada pela disputa comercial.
A empresa brasileira, que mantém duas fábricas na Flórida e gera 2.500 empregos diretos nos Estados Unidos, além de 10 mil indiretos, aguarda uma possível exceção às sanções, considerando sua importância para a aviação regional americana.
A tensão diplomática também afeta os canais de diálogo entre os países.
A embaixadora Maria Luisa Viotti não tem conseguido estabelecer comunicação com o Departamento de Estado americano, sinalizando um possível agravamento nas relações bilaterais.