Celso Vilardi afirma que defesa não tem acesso às mídias do processo, incluindo celulares citados na denúncia contra o ex-presidente, comprometendo a preparação adequada
Este conteúdo foi originalmente publicado em Advogado de Bolsonaro ao WW: Falta de acesso a evidências compromete defesa no site CNN Brasil. Política, -transcricao-de-videos-, Defesa de Bolsonaro, denúncia da PGR, Jair Bolsonaro, Justiça, Mauro Cid, politica, tentativa de golpe, William Waack, ww CNN Brasil
O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), levantou sérias preocupações sobre o andamento do processo judicial envolvendo seu cliente. Em entrevista ao WW desta quinta-feira (20), Vilardi destacou a falta de acesso a evidências cruciais, o que, segundo ele, compromete significativamente a capacidade da defesa de se preparar adequadamente.
“Eu não tenho as mídias do processo, eu não tenho acesso aos celulares que estão no relatório e na denúncia, eu não tenho e ninguém tem”, afirmou. Esta situação, de acordo com o advogado, coloca a defesa em uma posição extremamente desfavorável, forçando-os a apresentar uma resposta “absolutamente falha, manca” à acusação.
Disparidade no prazo e acesso às provas
O advogado também apontou uma disparidade significativa nos prazos concedidos à acusação e à defesa. Enquanto o Ministério Público teve 83 dias para preparar a denúncia, a defesa recebeu apenas 15 dias para apresentar sua resposta. Vilardi solicitou uma extensão de prazo com base no princípio da paridade de armas, mas o pedido foi indeferido.
“Começamos mal”, declarou, expressando sua preocupação com o que ele considera ser um desequilíbrio no processo. Ele enfatizou que sem acesso às mídias completas, incluindo o contexto das conversas citadas na denúncia, a defesa fica severamente limitada em sua capacidade de contestar as acusações ou questionar a cadeia de custódia das evidências.
Apelo à comunidade jurídica
Vilardi fez um apelo à comunidade jurídica, expressando sua preocupação com o que ele percebe como um “silêncio que incomoda” em relação ao caso. Ele destacou a necessidade de uma reflexão sobre os procedimentos adotados, alertando para o risco de se criar a impressão de que a comunidade jurídica “se indigna apenas para um lado”.
O advogado anunciou que irá recorrer da decisão que negou acesso às mídias do processo, enfatizando a gravidade da situação para o devido processo legal. “Eu acho que em algum momento vai haver uma reflexão de que o processo não pode se dar dessa forma”, concluiu.
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