Rajadas de vento foram causadas por um ciclone extratropical e chegaram a quase 100 km/h; Congonhas teve 227 voos cancelados, e Guarulhos 117 São Paulo, -agencia-cnn-, Aeroporto de Congonhas, Ciclone, São Paulo (geral), Voos CNN Brasil
Mais de 340 voos foram cancelados entre quarta-feira (10) e a manhã desta quinta-feira (11) nos dois principais aeroportos de São Paulo após as rajadas de vento que atingiram o estado.
No Aeroporto de Congonhas, na zona Sul da capital, 227 foram voos afetados, com 181 cancelamentos na quarta e 46 somente na manhã desta quinta.
Já no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, entre a quarta-feira e a madrugada desta quinta, 61 chegadas e 56 partidas foram canceladas, totalizando 117 voos impactados.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), os ventos fortes foram causados por um ciclone extratropical que atinge as regiões Sul, Centro-oeste e Sudeste do país e provocaram alerta meteorológico em 9 estados. A expectativa é de que as condições melhorem entre esta quinta e sexta-feira (12).
Apesar dos transtornos, a Aena informou que o Aeroporto de Congonhas permanece aberto para pousos e decolagens nesta manhã. A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto de Guarulhos, também informou que as operações funcionam normalmente hoje.
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Em contato com a CNN Brasil, companhias aéreas se posicionaram sobre os cancelamentos de voos. Em nota, a GOL disse que, nesta quinta-feira, as operações seguem regulares nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos.
“Para maior comodidade, clientes impactados pelos atrasos e cancelamentos de ontem (10/12) que tenham disponibilidade para alterar seu voo podem fazê-lo sem custos adicionais. A mudança é autorizada dentro da validade do bilhete, mantendo a mesma origem e destino, e não é necessário comparecer ao aeroporto para realizá-la”, afirmou a empresa,
Já a Latam afirmou que “lamenta os transtornos causados por essa situação totalmente alheia ao seu controle e reforça o seu compromisso com a segurança em todas as suas operações e decisões.”
“O cliente de voo com origem, destino ou conexão em São Paulo que não foi cancelado entre 10 e 12 de dezembro também pode alterar a data de sua viagem sem custo até 15 dias depois”, completou em nota.
A Azul também foi procurada e a CNN Brasil aguarda retorno. O espaço segue em aberto.
Estragos pelo estado e reflexos do ciclone
Após o ciclone extratropical que atingiu diversas regiões da capital e da Grande São Paulo, o estado amanheceu com cerca de 1,5 milhões de pessoas sem energia elétrica em suas residências. Ao menos 2 milhões de clientes tiveram o fornecimento afetado desde o começo do vendaval.
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1 de 17Árvore afetou a entrada da Japan House, na Avenida Paulista • Reprodução/Telma Shiraishi/Instagram
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2 de 17As ventanias passaram dos 90 km/h na capital paulista • Reprodução
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3 de 17Foram 514 chamados para quedas de árvore na capital e Grande São Paulo entre 00h e 12h • Reprodução
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4 de 17Moradores da zona sul da capital também registraram queda de árvore na Praça da Árvore • Reprodução
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5 de 17Árvore caída na Avenida São Paulo, São Bernardo do Campo • Reprodução/Enel
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6 de 17Árvore caída na Rua Ipanema, Ribeirão Pires • Reprodução/Enel
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7 de 17Árvore caída na estrada Municipal Sítio do Moinho, Santana do Parnaíba • Reprodução/Enel
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8 de 17Árvore caída na estrada Municipal Sítio do Moinho, Santana do Parnaíba • Reprodução/Enel
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9 de 17Ponte Itapigue foi afetada pelas chuvas • Defesa Civil do Estado de São Paulo
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10 de 17Guareí (SP) teve 30 casas afetadas por conta de alagamentos • Defesa Civil do Estado de São Paulo
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11 de 17Apesar dos estragos, ninguém se feriu e nenhum morador ficou desalojado • Defesa Civil do Estado de São Paulo
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12 de 17Uma cratera se abriu na Rodovia Castello Branco (SP-280) após as fortes chuvas que atingiram São Paulo nos últimos dias • Reprodução
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13 de 17Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Barueri, houve “afundamento de pista” na alça de acesso do km 23, sentido capital • Reprodução
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15 de 17Estrutura de posto de combustível cai após ventania em Diadema • Reprodução
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16 de 17Ventania de mais de 90 km/h derruba árvores e causa queda de energia em SP • Reprodução
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17 de 17De acordo com a Defesa Civil, uma pessoa morreu em Campos do Jordão • Reprodução/Defesa Civil
Neste momento, de acordo com o mapa de fornecimento de energia da Enel, 1.508.904 pessoas sofrem com a falta de luz, o que representa cerca de 17,74% do total de clientes atendidos pela concessionária.
Segundo a Enel, a capital paulista lidera com o maior número de pessoas sem luz, ultrapassando 1 milhão de unidades consumidoras.
À CNN Brasil, a Enel Distribuição São Paulo informou que foram mobilizados, antecipadamente, mais de 1.500 equipes ao longo de quarta-feira (10) para operar no restabelecimento dos 2 milhões de clientes com o fornecimento elétrico afetado. De acordo com a concessionária, desde ontem (10) até a manhã desta quinta-feira (11), cerca de 500 mil clientes afetados tiveram a energia religada.
A empresa reiterou ainda que geradores foram disponibilizados pela companhia para o atendimento de ocorrências mais graves.
A Enel diz que trechos inteiros da rede foram danificados, devido vendaval derrubou árvores e lançou galhos e outros objetos sobre a rede elétrica, o que impactou diretamente o fornecimento de energia em diversos pontos.
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Queda de árvores
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 1.327 chamados para quedas de árvore na capital e Grande São Paulo entre 0h e 19h40 de quarta-feira (10).
Na manhã desta quinta (11), no período das 0h00 às 5h45, na capital e região metropolitana de SP, foram 17 chamados para quedas de árvores e dez para desabamentos.
Um dos troncos caídos afetou a porta da Japan House, casa de exposições de cultura japonesa, localizada na Avenida Paulista. Em um comunicado publicado nas redes sociais, o estabelecimento informou que as atividades previstas foram canceladas e que já toma providências para a normalização.
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Ciclone extratropical
O ciclone extratropical que atingiu o estado de São Paulo trazendo um forte vendaval, nesta quarta-feira (10), deixou milhões de pessoas sem energia e água, além de ter provocado uma série de transtornos, como trânsito intenso, falhas no transporte público, queda de árvores e enchentes.
De acordo com o Inmet, o fenômeno durou cerca de 12 horas e gerou rajadas de vento que chegaram a 98 km/h.
São Paulo está em alerta desde segunda-feira (8), a partir do alerta emitido pela Defesa Civil. Devido ao ciclone extratropical que se formou no Sul do país, o estado poderia registrar ocorrências de chuva volumosa, fortes rajadas de vento e possibilidade de queda de raios e granizo em todas as regiões do estado.
Um gabinete de crise foi montado durante o período mais crítico do alerta.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

