Ocorrências policiais contra Renê da Silva Nogueira Júnior incluem casos desde 2003 no Rio de Janeiro Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Belo Horizonte, investigação criminal CNN Brasil
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, preso suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes durante uma discussão de trânsito em Belo Horizonte, já aparece em diferentes registros policiais no Rio de Janeiro. As ocorrências incluem casos de violência doméstica e um atropelamento com vítima fatal.
Registros policiais envolvendo o empresário:
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2003 – Violência doméstica: a então esposa registrou ocorrência por agressão. O caso foi encaminhado ao Jecrim (Juizado Especial Criminal).
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2005 – Agressão à noiva: segundo ocorrência, durante tentativa de reconciliação, a vítima relatou ter sido agredida e até “mordida nas costas”.
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2011 – Atropelamento com morte: atropelamento uma mulher de 50 anos que atravessava a rua, no Posto 11 do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O caso foi registrado como homicídio culposo.
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2021 – Violência doméstica: ex-companheira registrou lesões corporais em meio ao processo de divórcio, partilha de bens e definição de pensão alimentícia.
O crime em Belo Horizonte
O episódio mais recente ocorreu na segunda-feira (11). Segundo testemunhas, após se irritar com a passagem de um caminhão de lixo em uma rua estreita, o empresário teria ameaçado a motorista, parado o carro, saído armado e atirado contra Laudemir, atingindo-o nas costelas. O gari foi socorrido, mas não resistiu.
Renê foi encontrado horas depois em uma academia e autuado por ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A Polícia Civil apura se a arma utilizada pertencia à esposa dele, que é delegada.
O juiz Leonardo Damasceno, da Central de Audiência de Custódia de Minas Gerais, converteu a prisão em flagrante em preventiva. Na decisão, afirmou que o suspeito demonstrou “total descontrole emocional” e predisposição para uso de violência letal como primeira resposta a contrariedades do cotidiano.
A CNN procurou a defesa de Renê e mantém o espaço aberto para manifestação.
(Com informações de Beto Souza e Daniela Mallmann, da CNN em São Paulo e em Belo Horizonte)