Relatório preliminar sobre acidente apontou diálogo entre comandante e copiloto que identificaram interrupção no abastecimento dos motores Internacional, Acidente Aéreo, Air India, Avião, Índia CNN Brasil
Um relatório preliminar mostrou uma confusão na cabine dos pilotos pouco antes da queda do avião da Air India, que matou pelo menos 270 pessoas no mês passado, depois que os interruptores de corte de combustível do motor do avião acionaram quase simultaneamente, deixando as turbinas sem abastecimento.
Nos momentos finais do voo, um piloto foi ouvido no gravador de voz da cabine perguntando ao outro por que ele havia cortado o combustível. “O outro piloto respondeu que não”, informou o relatório.
Não foram identificadas quais observações foram feitas pelo comandante do voo e quais pelo primeiro oficial, nem qual deles transmitiu “Mayday, Mayday, Mayday” pouco antes da queda.
O piloto comandante do avião da Air India era Sumeet Sabharwal, de 56 anos, que tinha uma experiência total de voo de 15.638 horas e, segundo o governo indiano, também era instrutor dacompanhia aérea.
Seu copiloto era Clive Kunder, de 32 anos, que tinha 3.403 horas de experiência total.
O Boeing 787 Dreamliner, com destino a Londres, vindo da cidade indiana de Ahmedabad, começou a perder empuxo e afundar logo após a decolagem, segundo o relatório sobre o acidente de aviação mais mortal do mundo em uma década, divulgado na sexta-feira (11) por investigadores indianos.
O relatório do Departamento de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia (AAIB na sigla em inglês) sobre o acidente de 12 de junho levanta novas questões sobre a posição dos interruptores críticos de corte de combustível do motor.
Quase imediatamente após a decolagem do avião, imagens de circuito fechado de TV mostraram que uma fonte de energia reserva, chamada turbina de ar comprimido, havia sido acionada, indicando perda de potência dos motores.
Os interruptores de combustível passaram quase simultaneamente da posição de operação para a posição de corte logo após a decolagem. O relatório preliminar não explicou como poderiam ter mudado de posição durante o voo.
“Nós nos preocupamos com o bem-estar dos pilotos, então não vamos tirar conclusões precipitadas neste momento, vamos aguardar o relatório final”, declarou o Ministro da Aviação Civil, Ram Mohan Naidu, a canais de notícias locais.
O acidente representa um desafio para a ambiciosa campanha do Grupo Tata para restaurar a reputação da Air India e renovar sua frota, após assumir o controle da companhia aérea do governo em 2022.
A Air India reconheceu o relato em um comunicado. A companhia aérea afirmou estar cooperando com as autoridades indianas, mas não quis fazer mais comentários.
